Tudo começou quando, em Abril, grávida da V., decidi ir com
a L. fazer um casting a um canal generalista da televisão portuguesa.
Tirou fotos. Tudo muito bem.
Passadas algumas semanas lembrei-me: ‘’Espera lá, e se eu
inscrevesse já a V. para quando nascer??
Com sorte ainda vai nascer num parto em alguma novela!!!’’
E assim foi, liguei para lá e referi que ia ter uma bebé
recém-nascida em Julho e estava interessada em pô-la a render
emprestá-la para fins profissionais.
Disseram para ligar quando nascesse. E eu sem saber como
iria ficar após o parto. Nem sabia se eu ia sobreviver ao parto sequer.
Cerca de um mês antes do nascimento, recebo um e-mail a
solicitar bebés recém-nascidos bla bla bla. Fiquei cheia de pena, pois ainda
faltavam 4 semanas para eu ter a minha bebé recém-nascida.
Ainda assim, chata que só eu, respondi que iria ter uma
dentro de semanas. Ninguém me respondeu.
E eis que a V. nasce no dia 8 de Julho, e dia 11, dia que
tivemos alta, recebo outro e-mail a pedir bebés recém-nascidas meninas
para uma produção, no dia 15. Ora, eu, que até sobrevivera ao parto e de boa
saúde física e mental, respondi logo todos os dados que pediam da bebé e
agendei hora para o dia 15.
Cheguei lá, tirou fotos e disseram-me logo que seria para
gravar no dia seguinte, dia 16.
E lá fomos nós, todas contentes. A adrenalina de respeitar horários
que nos eram impostos, a responsabilidade, tudo, quase que tive saudades de ir
trabalhar, com tamanho aparato, visto que já não tenho de cumprir horários e
andar a correr desde o ano passado. Mas não, as saudades do trabalho são pura ilusão.
Entretanto vamos ao canal da concorrência ver se há alguma
coisa, que isto o importante é descontar para a reforma precocemente.
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