sábado, 8 de agosto de 2015

O peso da Saudade


Foi hoje, dia 08 de Agosto de 2015, que percebi o quanto te adoro. E não és apenas uma amiga, e também não és uma simples melhor amiga. És muito mais do que isso. Nunca tive irmãos, mas o sentimento que nutro por ti, deve andar perto disso. Ou nunca eu iria chorar baba e ranho numa despedida que mais pareceu um velório.

E que seja a última vez que te metas nestas aventuras.

Hoje, ou melhor, segunda-feira, vais enfrentar uma nova etapa na tua vida, não só a nível profissional, mas principalmente pessoal. Vais ser tu e só tu.

E que seja a última vez que te metas nestas aventuras.

Só hoje me apercebi o quanto gosto de ti, o que chorei desde que nos despedimos até chegar a casa e mais 30 minutos no sofá a pensar em tudo o que passamos juntas até hoje desde à quase 20 anos. O parque, a escola, as férias, os fins-de-semana, as festas dos Fernandes dos Santos no dia 1 de Novembro, a gravidez que sempre estiveste presente, as consultas que sempre assististe, as prendas da Lia feitas por ti (e pela tua mãe). Fizeste coisas por mim que pessoas da família não fariam. E continuarás a fazê-lo claro. Geralmente escolhem-se irmãos para padrinhos dos filhos. Eu não os tenho. Podia ter escolhido outro familiar. Mas não. Escolhi-te a ti porque tu és a minha irmã. A que nunca tive. Por isso, a quando dos últimos dois beijos, senti que se arrancara algo de mim. Tu vais-te embora, apesar de vires nos fins-de-semana, mas para mim é como se só voltasses para o ano. E como te disse, o meu lado egoísta anseia que detestes aquilo e que te venhas embora o mais rápido possível. Mas primeiro estás tu e a tua felicidade e se é para melhor, que fiques e que sejas feliz. (SÓ UM ANO, NADA MAIS).

E que seja a última vez que te metas nestas aventuras.

Adoro-te C. da tua sempre amiga,

Vanessa.


E que seja a última vez que te metas nestas aventuras.