quarta-feira, 24 de abril de 2019

L. sem noção da realidade!


Aqui há uns dias estava no sofá, já prestes a dormitar, quando a L. vem eufórica pedir-me para ir brincar com ela. 

Respondo-lhe: '' A mãe está com sono, é a bebé que faz sono à mamã! ''

Ela, muito enervada, dirige-se à barriga e exclama: '' Não podes fazer sono à minha mãe! ''

Também não a corrigi. Vai ter tempo de perceber que a mãe não vai mais ser SÓ dela. Deixemo-la usufruir do poder de ser filha única mais umas semanas... 

sexta-feira, 19 de abril de 2019

A escolha da consumidora... e de suas Partners! II


Finalmente o berço...

O berço foi oferecido há quase 5 anos atrás, aquando da gravidez da L.. 

A minha tia-madrinha e a minha avó ofereceram o berço onde a L. viria a dormir cerca de três anos. 

Na altura, a minha tia mandou-me uma foto do mesmo no catálogo da ZIPPY, e perguntou se gostava. Respondi prontamente que sim, embora tivesse ficado reticente derivado ao facto de as grades serem cor-de-rosa e também um apontamento de uma joaninha cor-de-rosa na cabeceira e pés. Pensei para mim: ''Então e depois se daqui a uns anos tenho um menino? Bem, que se lixe, depois logo se vê.'' 
A verdade é que adorei o berço até porque antes cor-de-rosa, que branco, que a mariquice chega a esse ponto. 

Agora, quando soube que estava grávida, e antes de saber o sexo, foi algo que me veio à cabeça... Mas sinceramente, tomei logo a decisão que se fosse um menino, dormiria no berço da L., independentemente da cor. Afinal de contas é um mobiliário que fica em casa e não ia gastar dinheiro quando tenho um berço praticamente novo, que a L. sempre foi pessoa que estima os seus objectos. 



Relativamente ao Mobile, também é herança da L., foi só lavar os bonequinhos imundos em pó, e está como novo. 
O Dossel ou Docel (que a pessoa foi ver e escreve-se das duas maneiras), também era da L. apesar de não ter usado muito tempo, que ela puxava-o, aquilo pendia para um lado ou para o outro. Eu enervava-me e retirei-o. Está ali para enfeitar, mas provavelmente não irá durar muito tempo exposto após o nascimento.

O ninho e o edredão, esses sim, foram uma nova aquisição. Até porque na altura da L. não me lembro de haver ninhos e a desgraçada dormia na alcofa do carrinho, com a coluna vertebral em cima do cinto (que não dava para tirar) apesar de fazermos colchões de cobertores, de maneiras que não quero sujeitar esta criança ao mesmo tormento. 

Não vou fazer a cama, como outrora aqui tinha mencionado, porque para além de faltar tempo suficiente para se encher tudo de pó, a criança só sai do ninho para o berço lá para o Inverno. De maneiras, que às tantas começava tudo a cheirar a mofo, e é de evitar. Quando estiver perto do dia, farei a caminha no ninho com lençóis de alcofa e tudo ficará perfeito. 





Esta não será a posição final do berço. Irá para o outro lado da cama e na posição oposta à actual. 

P.S: As chuchas já estão esterilizadas e uma delas, já na bolsinha, no interior da mala da maternidade, pronta a encher-se de micróbios até Julho. 

quinta-feira, 18 de abril de 2019

É por isto que o sns* me provoca náuseas!!!



Isto de não ter nada para fazer tem muito que se lhe diga. 

Ontem estava a ver a Tarde é Sua, na TVI em que mais uma vez se contou uma história (verídica) de uma mãe que perdeu um bebé.

Ora então, passo a contar para que quem trabalha e não tem possibilidades de ver os programas da tarde, conheça esta história, que como ela, há milhares, infelizmente.

Trata-se de uma jovem mãe, que conheceu o companheiro há 6 anos. Casaram e queriam muito ser pais. Ela tinha 120kg, teve uma tromboflebite pelo meio, foi operada ao joelho e tinha uma depressão para a qual estava medicada.
Como queria ser mãe, tratou de todos os problemas antes para que pudesse ter uma gravidez saudável. 
Fez uma operação ao estômago e em 6 meses perdeu 57kg. 
Começou a tentar engravidar e engravidou de imediato. 
1ª consulta - Gravidez de risco, derivado a todos os antecedentes que tinha.
2ª consulta - outra médica, que achou que o ideal para o bolso do Estado, era retirar a gravidez de risco, pois, não justificava. E retirou.

Correu tudo bem até às 30 semanas, num dia em que se apercebeu que ainda não tinha sentido a bebé mexer. Comentou com o marido e foi para o hospital. Hospital esse onde fizeram uma ecografia e se constatou que tinha pouco liquido amniótico e os batimentos do bebé estavam baixos. Ficou internada.
Colocaram o CTG, onde se constatava que os batimentos continuavam baixos, chegando mesmo a 0. Por lá, entre enfs. e médicos, foram dizendo que o CTG não estava a captar os batimentos do bebé, mas sim os da mãe, daí ser mais baixo. Mesmo verificando que baixava até 0. Mas tudo bem. 
Entretanto até lhe queriam dar alta, mas como por acaso havia vagas, decidiram deixá-la ficar.

Ao longo de três dias, a mãe pediu por 3 vezes que lhe fizessem uma ecografia, as quais foram todas negadas. 
Até que aparece um anjo de uma Enf. que achou  realmente tudo muito estranho e lá conseguiu que a levassem a fazer ecografia. Portanto: 30 semanas, mas com restrição de crescimento, com valores e medições de apenas 25 semanas. Muito menos liquido amniótico, que mal dava para ver o bebé. 

Posto isto, a bebé estava em sofrimento crónico. Não era de 1, 2, ou 3 dias. A mãe foi transferida para outro hospital, pois onde estava não estavam preparados para bebés prematuros. A bebé precisava nascer o mais rápido possível. Mas necessitava das injecções de amadurecimento dos pulmões, pelo menos 4, dadas de 12 em 12 horas. Só foram a tempo de 1. A bebé faleceu entretanto, dentro do útero da mãe. Não teve tempo de levar as injecções, que podiam ter sido administradas a partir do 1º dia de internamento, se tivessem feito um diagnóstico em condições, se tivesse havido um controlo maior, se não tivessem ACHADO que era os batimentos da mãe. Se... Se... Se... 

Se tudo isto não fosse para poupar dinheiro ao Estado, esta bebé estaria viva e a mãe não estaria em sofrimento. 

Por vezes associa-se a negligência médica. Mas nem sempre. São os protocolos exigidos que provocam tudo isto.
Estes pais tiveram força, e fizeram queixa na Ordem dos Médicos. Mas infelizmente a maior parte dos pais, não faz, pois, fazer queixa não traz de volta a vida dos filhos. Pois não. Mas precisam de ser responsabilizados, para que para seja evitado numa próxima vez.

*serviço nacional de saúde em letra minúscula, por razões óbvias.

Atenção: Não quero com isto dizer, que no Privado não possa acontecer, mas tenho quase a certeza que neste caso, os problemas tinham sido verificados no 1º dia, e a criança iria nascer já com as 4 injecções de amadurecimento dos pulmões administradas.  

terça-feira, 9 de abril de 2019

A L. sempre conveniente...


Ao passarmos por uma bebé na rua a L., sempre muito invejosa com as coisas dos outros diz:

'' - Mãe, eu quero uma bebé igual aquela...''

E eu... a dar um excelente exemplo de ''a minha galinha é melhor que a tua'' respondi:

'' - A nossa vai ser melhor e mais bonita...'' 

'' - Mas mãe, eu não gosto de carecas!!!'' 


Acho que já deve ter ouvido a avó dizer alto e em bom som, que com a minha alimentação, vai sair daqui uma rata pelada, como saiu a L. há quatro anos atrás.

Mas a gente não liga... A coisa disfarça-se com lacinhos e fitas no topo do crânio. 


domingo, 7 de abril de 2019

Motivos da ausência


A pessoa tem andado ausente da escrita. O motivo é só um... Não há novidades e a pessoa não quer ser uma seca e repetir-se nas suas maleitas.

- A L. continua a fazer xixi na cama fralda durante a noite;

- A minha inquilina uterina continua do lado direito, sendo que o lado esquerdo mantém-se completamente deserto;

- Não tenho feito grandes compras pré-natais porque, como pobre que sou, vou aproveitar quase tudo da L.;

- Ainda não esterilizei as chuchas (essas são novas);

- As malas continuam feitas faltando apenas algumas coisitas;

- A minha ciática continua a dar que falar; 

- Engordei 3 kg no último mês.

Como se lê, está tudo na mesma e não vale a pena andar a maçar as pessoas com as minhas dores aqui e acolá, a gritar aos 7 ventos que as malas estão feitas desde que o teste de gravidez deu positivo, e que sou pobre e não tenho feito compras pré-natais. 

Na próxima semana, o pai das criancinhas estará de férias, pelo que irá ter mais tempo para me aturar e vamos buscar o berço à arrecadação e montá-lo. E fazer a cama com lençóis e edredão e tudo e tudo como se a criança já la dormisse nessa noite. Depois coloco foto do aparato e falarei sobre o berço numa rubrica ''A escolha da consumidora... e de suas Partners!''.