segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O nódulo da mama...


... vamos lá falar dele, para despachar isto das doenças porque uma das resoluções de ano novo é deixar de ser hipocondríaca, por isso, convém falar disto já, para não levar lixo para o ano 2020. 

Nos finais da amamentação, quando já estava prestes a desistir da mesma, reparo que tenho um nódulo na mama esquerda, saliente, que surgiu da noite para a manhã seguinte. Depois de tremer de medo durante uns segundos, acalmei-me e presumi que fosse leite encaroçado. Apesar de não doer. Vá de colocar a criança à mama para ver se aquilo desaparece. E desapareceu. 

Dias depois, o mesmo cenário na mama direita. Repete. Criança na mama, bomba de leite na mama, e nada. O caroço ali permanecia. Idêntico ao de uma azeitona. Sem dor. 

Assumi novamente que fosse do leite e do uso excessivo e abusivo da bomba. Só que entretanto coincidiu com a desistência da amamentação e introdução dos benditos biberões.

E o nódulo sempre ali. A dizer-me olá.

Até que um dia, a L. salta para cima de mim e magoa-me no dito. Senti uma dor forte que veio para ficar durante dias. Aí deixei de achar graça ao fofinho e falei com a médica de família, que para não variar, não deu importância mas passou a Eco Mamária para me deixar ´´descansada´´. 

Fiz a Eco e lá estava o meu amigo, a dizer olá, pensei eu. O médico descansou-me dizendo que era um quisto de liquido e que por isso seria benigno, mas para repetir dentro de 6 meses, 
Afinal o fofito estava era a dizer adeus, pois, depois de violarmos a sua privacidade e descobrir a sua identidade, deixei de o sentir. O dito cujo desapareceu, ficou mais pequeno, ou sei lá o que lhe aconteceu. 

Entretanto daqui a 2 meses, vamos repetir a Eco para ver se ele foi de vez à vida dele, ou se ainda anda para aqui a espreitar. O maroto. 

Por isso, volto a repetir, apalpem-se, que estas coisas não escolhem idades e nem toda a gente tem a sorte que eu, felizmente tive, quer neste, quer no da Tiróide.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A Tiróide. (escreve-se Tireoide, mas a gente trata-se por tu)


Então estamos juntas desde que nasci, mas só a conheci em Agosto último.

Estava eu numa sessão de palpação ao meu corpo, em busca de novas preocupações para ocupar o encéfalo, e eis que... no pescoço, no lado direito, havia toda uma colina, quase planalto, que se fazia sentir. Assustada, e já com 3 diagnósticos apurados, comecei a apalpar todas as pessoas à minha volta, esperando que aquela elevação fizesse parte da anatomia humana. Mas não conseguia palpar aquela coisa em ninguém. 
Os diagnósticos eram: Tumor Cervical, Linfoma e Tireoidite ou derivados da Tiróide. Entre todos, a minha amiga tiróide era a que apresentava prognósticos mais satisfatórios, segundo a minha pesquisa.
Numa ida ao Centro de Saúde com a V. para consulta, mostrei à médica, que desvalorizou dizendo achar não ser nada, ''mas vá, se fica mais descansada, vai fazer uma eco da tiróide''.
Obrigada. Até pró mês que vem.

Fui a correeeer fazer a eco, porque se a coisa for grave, atacamos já. 
Durante o exame, disse ao médico, que foi excepcional, que já tinha estado a medir o que quer que fosse que lá estava, tinha 2,5cm. Ele respondeu-me que errei por milímetros, pois, era um nódulo que tinha 2,3cm. Mas que aparentava ser benigno. Fizemos biopsia. E foram as 3 semanas mais difíceis de passar. O histórico do meu telemóvel continha todas as patologias associadas à dita e até a cirurgia e possíveis complicações eu já andava a pesquisar. 
Findas as 3 semanas, lá veio o resultado, era benigno e agora é vigiar, para ver se cresce. 

Entretanto, a pessoa começa a achar que se calhar o intruso liberta hormonas, que fazem com que a pessoa tenha palpitações, e também que a pessoa seja ansiosa ao ponto de pesquisar todas as barbaridades sobre a sua saúde. 
Vai-se a ver e tenho Hipertireóidismo, pensa a pessoa, mas onde está o emagrecimento? Esse é que fazia falta.
Fiz análises à função da dita. E está tudo dentro da normalidade.


Com isto tudo, alerto quem me lê, para que se apalpem, quer no pescoço, mamas*, axilas, etc... pois, se eu não o tivesse feito, ainda hoje não sabia da existência dele, já que não tive quaisquer sintomas. 
Tudo me leva a querer que foi o Iodo na gravidez que possa ter causado isto. Mas isto sou só eu a querer culpar o médico do Centro de Saúde que me seguiu na gravidez, pois, acho que não se devia mandar grávidas tomar Iodo, sem fazer análises à Função da Tiróide. Mas isto sou só eu a inventar.

* Um dia conto a história do nódulo na mama que também apareceu pós-parto.


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Um ano!


No passado dia 16, fez um ano estou em casa.
Começou por ser a Baixa de Gravidez de Risco, depois o nascimento e a dita Licença de Maternidade.

Parece que foi anteontem que fiquei de baixa. E parece que foi ontem que a V. nasceu. Mas não foi. Já passaram 4 meses e eu não me consigo conformar que a minha bebé já não é uma bebé... (até já faz cocós de adultos, graças às sopas).

Não sei como lidar com isto do regresso ao trabalho, acontecimento para o qual ainda faltam dois meses, ainda na eminência de usufruir da licença alargada, tal é o desespero. 

Posto isto, fosse a pessoa, uma pessoa afortunada, já estaria grávida outra vez, só para começar de novo, over and over again.

Vou ali só olhar par ela embevecida e chorar às escondidas pensando que pode ser a ultima vez que passo por esta fase. 😭

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A experiência em televisão



Tudo começou quando, em Abril, grávida da V., decidi ir com a L. fazer um casting a um canal generalista da televisão portuguesa.

Tirou fotos. Tudo muito bem.


Passadas algumas semanas lembrei-me: ‘’Espera lá, e se eu inscrevesse já  a V. para quando nascer?? Com sorte ainda vai nascer num parto em alguma novela!!!’’

E assim foi, liguei para lá e referi que ia ter uma bebé recém-nascida em Julho e estava interessada em pô-la a render emprestá-la para fins profissionais.

Disseram para ligar quando nascesse. E eu sem saber como iria ficar após o parto. Nem sabia se eu ia sobreviver ao parto sequer.

Cerca de um mês antes do nascimento, recebo um e-mail a solicitar bebés recém-nascidos bla bla bla. Fiquei cheia de pena, pois ainda faltavam 4 semanas para eu ter a minha bebé recém-nascida.

Ainda assim, chata que só eu, respondi que iria ter uma dentro de semanas. Ninguém me respondeu.

E eis que a V. nasce no dia 8 de Julho, e dia 11, dia que tivemos alta, recebo outro e-mail a pedir bebés recém-nascidas meninas para uma produção, no dia 15. Ora, eu, que até sobrevivera ao parto e de boa saúde física e mental, respondi logo todos os dados que pediam da bebé e agendei hora para o dia 15.

Cheguei lá, tirou fotos e disseram-me logo que seria para gravar no dia seguinte, dia 16.

E lá fomos nós, todas contentes. A adrenalina de respeitar horários que nos eram impostos, a responsabilidade, tudo, quase que tive saudades de ir trabalhar, com tamanho aparato, visto que já não tenho de cumprir horários e andar a correr desde o ano passado. Mas não, as saudades do trabalho são pura ilusão.

Entretanto vamos ao canal da concorrência ver se há alguma coisa, que isto o importante é descontar para a reforma precocemente.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Amamentação, um bicho muito mau!!!

Perdoem-me as mulheres defensoras do leite materno e amamentação, mesmo aquelas que ainda não são mães e não fazem a miníma ideia do que custa executar esta tarefa.

Minutos após a V. ter nascido, coloquei-a na maminha. Pegou tão bem, que a Enf. até comentou que ela já tinha nascido ensinada. Eu também já tinha a experiência de como eu própria manuseava a dita cuja.

Correu bem, mas ainda no hospital tive de solicitar o milagroso Suplemento à noite, pois, caso contrário, eu passava a noite e o dia em branco e ia acabar por acabar num Hospital Psiquiátrico. 

Ela bebia-o todo, após uns minutos de maminha, e ficava satisfeita. Ainda assim, vim para casa só com o leite que eu própria produzia, sem suplemento algum, comprei a bomba para me ajudar a controlar o leite que produzia. Correu bem uns três dias, até que houve uma noite péssima, seguida de outra noite péssima, e não, não eram cólicas. Era gula. Só se calava na mama. Bebia até não sobrar mais nada, sendo que acabava-se depressa porque a miúda nasceu gorda e era de muito alimento. Disse BASTA. Não é bom nem para mim, nem para ela. Vou comprar o leite da lata e acabou. Esta decisão veio acompanhada de: ''Vou continuar a dar o meu''. E assim foi. Acontece que a criança habitua-se à tetina, na qual não tem de fazer a mesma força que na maminha, e quando eu a colocava na mama, dois segundos após, gritos e apitos ecoavam no prédio todo e até nos prédios vizinhos.

Pelo que me cansei, shame on me, e deixei de dar. Ainda tirava com a bomba para ver se produzia mais.. mas não. De maneiras que é assim, a fraca desistiu outra vez e já não vai ter direito à dispensa de 2 horas no trabalho após os 12 meses de idade. 

Invejo positivamente e admiro imenso as mães que conseguem dar leite muito tempo. Eu infelizmente, pela segunda vez, desisti. 
Pode ser que à terceira corra melhor... (Brincadeirinha)

Agora podem as mães amamentadoras invejarem-se de mim, que a criança já dorme 6 horas seguidas. 👌

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Entre mamadas e cag*das...


... lá consegui vir dar as novidades, passados 17 dias.

Ora então que a criança nasceu dia 8 de julho, com 40s+1d, não fizesse eu tudo por tudo para nascer sem ajudas de induções e cenas que tal. 

Foi agachamentos, foi mudanças de móveis, foi danças com balanço do quadril... E no meio disto tudo lá se deu o rompimento da bolsa, uma fuga muito pequena, não saiu em jacto como eu tanto ansiara... 

A fuga deu-se ao longo de todo o dia 7, em que eu ponderei inclusive, tratar-se de incontinência. 
Final do dia, nas calmas fomos ao Hospital, Sistema Nacional de Saúde* de quem eu tanto dissera mal. 

''Deite-se ali e tussa'' Disse ele. O Médico. 

Assentiu com a cabeça de que tratava de líquidos. 
''Há quanto tempo está assim?''

''Desde manhã, mas à tarde piorou''

Vá de fazer toque.

''Eu estive cá ontem por causa do rolhão mucoso''
''E o que lhe disseram?''
''Que o colo estava mole e tinha 1 dedo de dilatação''
''Pois mas agora tem 4 dedos, fica internada''
''Mas eu nem tenho contrações''
''Alguma coisa há-de ter porque está em trabalho de parto''

MEU DEUS trabalho de parto?????? Isto nunca me tinha acontecido, a outra foi induzido!!!

Afinal se calhar não estou assim tão preparada!!!

''Assine aqui este consentimento da Epidural''
''Tenho de decidir já??? Eu queria evitar... da outra levei porque levei Oxitocina e tive conhecimento que as dores com Oxitocina são piores, mas se me diz que estou em trabalho de parto, se calhar não é necessário''
''Mas já está a perder líquidos à muitas horas, pelo que vamos ter de acelerar, temos de dar Oxitocina.

A verdade é que não deram Oxitocina. A pessoa aguentou-se. E eis que com 10 dedos de dilatação, já no dia seguinte, a pessoa lembra-se que afinal se calhar não aguenta as dores e diz à Enf. que se calhar quer a Epidural. A Enf. responde que alguns anestesistas não gostam de dar num estado já tão avançado. 

Então espera lá... Se não gostam é porque deve haver contra-indicações. Que se lixe. Se aguentei até agora, também aguento até ao fim. E posso dizer que foi o melhor que fiz. Não ter levado Epidural ajudou imenso no momento da expulsão. Pois, se a tivesse levado, provavelmente não conseguia ter feito tudo sozinha, sem ajuda de ventosas e afins. E eis que a criança aparece em cima de mim, 3.910kg de pessoa (gorda como sua irmã). 

O pós-parto foi maravilhoso. Os comprimidos que me deram para as dores enquanto lá estive, fiz com eles um montinho, pois, dores, nem vê-las. Só uma enxaqueca, que já cá faltava. 

Agora, passadas duas semanas, dou por mim a pensar no que me terá passado pela cabeça para querer passar por isto tudo outra vez. As noites mal não dormidas, as cólicas... Eu que já tinha uma criança criada, que se veste sozinha, come sozinha, para o ano já cozinha para nós... E fui-me meter nisto outra vez...

Mas depois, aqueles olhinhos muito abertos a olhar para mim enquanto mama, fazem esquecer a noite complicada que se avizinha, dia após dia. Mentira, até não me posso queixar até agora...

Quem me conhece, que me dê duas lambadas na cara quando, daqui a 4 anos eu me esquecer de tudo isto e me lembrar de querer ter o terceiro filho. 


*Letra maiúscula porque afinal, a coisa até correu bem e não me enervei com ninguém enquanto lá estive.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

A 5 semanas de te conhecer...



… existe todo um misto de emoções, desde medo, ansiedade, pena, saudade, alegria, e tudo e tudo.

Olho para a minha barriga de 234 cm de diâmetro, que se mexe como nunca se mexera enquanto a outra inquilina por cá andou, que a miudinha era calminha, e quase me vêm as lágrimas aos olhos, pensando que pode ser a última vez que vou…

… sentir cotovelos e calcanhares a espetarem-se contra o meu tecido adiposo.

… estar em casa tantos meses por um bom motivo;

… ter prioridades nas filas por um bom motivo;

… passar meses sem enxaquecas;

… ter medo de morrer no parto;

… ter quase 90kg, mas elegantíssima.

Por outro lado, a ansiedade de te ver pela primeira vez é enorme, por mim era já hoje, (fica a dica), que gorda como és, não deve haver grandes problemas…

Quando nasceres, vou desejar que voltes cá para dentro, não por saudades ainda, mas porque provavelmente já não te consigo aturar a ti, às cólicas, às noites sem dormir, uiii e que mal me dou com a privação do sono. Mas enfim, a pessoa quando decide ter filhos tem de se sujeitar.

Por último, o medo do parto e do pós-parto mantém-se. Mas vamos acreditar que vamos ser bem tratadas pelos excelentes profissionais que existem neste mundo, que acredito que ainda os haja.
Vou ser chatarrona, lamento, mas vou fazer mil perguntas ao longo do processo como se fosse a primeira vez, quem me calhar vai precisar de muita paciência.

Faltam 5 semanas, mais coisa, menos coisa. 5 semanas compridas, mas que vão deixar saudades. Muitas.

Pode ser que a gente repita a brincadeira* daqui a 4 anos. E estas 5 semanas possam afinal, ser as penúltimas.

*A sorte é que o pai das crianças não vem ler os disparates que escrevo, se não era capaz de fugir de casa e só voltar depois de fazer uma Vasectomia.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Sobre o atendimento prioritário...


Confesso que até agora tenho sido uma boa grávida. Não me canso muito, não se me incham os membros inferiores, não fico ofegante quando ando mais de dez metros, e até nem me importo ficar numa boa fila de espera para as caixas de supermercado. Aquelas mesmo boas, de domingo à tarde no final do mês. 

Por norma, tenho apanhado pessoas fixes à minha frente ou na caixa, que prontamente se disponibilizam a deixar-me passar à frente, tendo em conta o estado de graça em que me encontro. Respondo de imediato que não, que não é necessário. Que não há problema em aguardar. 

Depois há as outras pessoas, as menos fixes, que olham para mim, fingem que não se passa nada e voltam a virar-se para a frente para colocar os seus produtos no tapete rolante. 

A senhora da caixa, quando é fixe, olha para mim e pergunta se quero passar, outras vezes não diz nada, porque pensa que sou eu que tenho de me chegar à frente. Se calhar até sou, mas não o faço, pois, as pessoas têm consciência, mas isso é outro assunto. 

Voltando às senhoras fixes da caixa, quando me convidam a passar à frente, perante um cenário de alguém que me ignorou, aceito de imediato.

Foi o que aconteceu este domingo, em que eu até só tinha 2 produtos para pagar, e estava um casal à minha frente, olharam para trás varias vezes, e inclusive, consegui ouvir a esposa dizer para o esposo se não queria levar o produto que eu por acaso tinha em braços. O rapaz até respondeu que ainda havia lá em casa. 

Quando a senhora da caixa me convidou a passar, ultrapassei de imediato todas aquelas pessoas que se encontravam na fila e depois apercebi-me de um burburinho em que o tal senhor perguntou o que se tinha passado. Alguém respondeu: ''A senhora está grávida''
Ao que o senhor responde: ''Ah, não me apercebi'' 

E eu, que até exibia um vestido justo com esta barriga com 234cm de diâmetro, acreditei que o senhor talvez estivesse a dizer a verdade quando dizia que não se tinha apercebido. Só que não.

E é por isso que lhe fiz o favor de passar à frente. 


quarta-feira, 15 de maio de 2019

O meu pai sempre a animar-me...


Cheguei ao pé dele para ir devolver uns tupperwares, quando armada em boa deixo escapar:

- Sabes, hoje tive a consulta e só engordei 7 kg até agora, para agora não dizeres que estou gorda ( como sempre fazia questão de o dizer desde que tive a L. )

- Txii, engordas-te só 7kg, mas já tinhas 10 ou 15 a mais !!!

E fui-me embora.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Eu juro que tentei...


... suspender temporariamente a tarefa de maldizer do sns, mas não dá. Está provado cientificamente, há estudos do Instituto Nacional de Estatística, inclusive, que mostram que é impossível não dizer mal de tal entidade.

Então quando engravidei fui ao centro de saúde onde estou inscrita para dar a novidade e prosseguir todo o processo lá. Que não, que não havia médicos, que tinha de ir para os arredores. Tudo bem, escolhi o ''arredor'' no qual tinha preferência. Fui seguida lá até aos dias de hoje. Tive uma pega com o médico no início, que me acusou de achar que sabia mais que ele, etc... como aqui já contei... Mas entretanto, ele foi mostrando ser um bom médico e por isso eu já o amava. 

Tenho consulta com ele dia 15 de Maio. A penúltima, presumo.

Quando de repente, esta tarde recebo uma chamada do centro de saúde (o tal de onde fui escorraçada por não haver médicos), e eis que o discurso foi:

Pessoa do lado de lá: Boa tarde, era para informar que a sua consulta de Saúde Materna está marcada para dia 17 de Maio às 14h com a Drª não sei quantas (que nem me apeteceu decorar) 

Eu: Desculpe, mas essa consulta está marcada por alma de quem????? 

Pessoa do lado de lá: Ah, vieram 2 médicas e agora vão seguir os utentes na Saúde Materna, Saúde infantil, Diabetes e Hipertensão. 

(mas não vão assumir ''utentes de família'', deve ser mais barato assim, digo eu)

Eu: Mas eu estou com o Dr. C. e inclusive tenho consulta quarta-feira.

Pessoa do lado de lá: Mas no privado certo??

Eu: Não!!!!!!!!!!!!! No centro de saúde de *arredores* 

Pessoa do lado de lá: Pois, mas nós temos ordens para não enviar mais ninguém para os outros centros de saúde dos arredores.

Eu: Mas eu até já estou no 3º trimestre, não faz sentido nesta altura estar a mudar de médico. Irei à consulta com o Dr. C. e vou pedir-lhe que me continue a seguir pelo menos até ao fim da gravidez. 
(note-se que faltam umas 4 semanas para começar a ser seguida no hospital)

E o raio da pessoa do lado de lá, continuou a insistir no ridículo. Além de que não fui informada antecipadamente que já havia médicos e espetam-me com uma consulta marcada assim, vinda do além. 

No fundo, somos bonecos e temos de estar à disposição de quando lhes apetece contratar médicos e anular tudo o que andamos a fazer até aqui. 

*Letra minúscula nas entidades em questão, propositadamente. 

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Vamos falar de bebés? NÃO!!! Vamos falar de texugos!!!


E diz que hoje foi dia de Ecografia, a última, segundo o protocolo do sns*, que impõe só três, para não se gastar muito dinheiro ao Estado. 

Então parece que a criança já está em posição de vir ao mundo. Já deu a volta e encontra-se de cabeça para baixo, o que preocupou a minha mãe, que ficou aflita por achar que o sangue lhe está a subir à cabeça, ou neste caso, a descer.

A coisa agrava quando a Médica começa a fazer as medições, e se descobre que a criança tem uma cabeça gigante, um perímetro abdominal gigante e um tamanho na globalidade igualmente gigante. 
Que já tem 2kg, com 31 semanas. Que vai nascer com mais de 50cm, e que vai pesar entre 3,500g e 3,900g.

Conclusão I: Fotocópia de sua irmã, que me estragou completamente tudo o que restava da minha dignidade.
Conclusão II: Tenho um outro pequeno bezerro dentro de mim. 

A médica chegou ao ponto de avisar que devo tomar atenção à alimentação a partir de agora. Não porque estou gorda. Que não engordei assim tanto. Mas para não engordar a criança. 


Se o meu medo de morrer no parto se tinha dissipado, neste momento voltou em grande para me aterrorizar. 


*sns letra pequena por motivos já mencionados. Embora esteja a ponderar suspender temporariamente a arte de maldizer desta entidade, pois, vou ter a criança num hospital público e Deus Nosso Senhor Jesus Cristo pode castigar-me e a cena correr mal. Como tal, este pode ter sido o último post onde trago o sns à conversa. 
Depois do nascimento, logo se vê. 

quarta-feira, 24 de abril de 2019

L. sem noção da realidade!


Aqui há uns dias estava no sofá, já prestes a dormitar, quando a L. vem eufórica pedir-me para ir brincar com ela. 

Respondo-lhe: '' A mãe está com sono, é a bebé que faz sono à mamã! ''

Ela, muito enervada, dirige-se à barriga e exclama: '' Não podes fazer sono à minha mãe! ''

Também não a corrigi. Vai ter tempo de perceber que a mãe não vai mais ser SÓ dela. Deixemo-la usufruir do poder de ser filha única mais umas semanas... 

sexta-feira, 19 de abril de 2019

A escolha da consumidora... e de suas Partners! II


Finalmente o berço...

O berço foi oferecido há quase 5 anos atrás, aquando da gravidez da L.. 

A minha tia-madrinha e a minha avó ofereceram o berço onde a L. viria a dormir cerca de três anos. 

Na altura, a minha tia mandou-me uma foto do mesmo no catálogo da ZIPPY, e perguntou se gostava. Respondi prontamente que sim, embora tivesse ficado reticente derivado ao facto de as grades serem cor-de-rosa e também um apontamento de uma joaninha cor-de-rosa na cabeceira e pés. Pensei para mim: ''Então e depois se daqui a uns anos tenho um menino? Bem, que se lixe, depois logo se vê.'' 
A verdade é que adorei o berço até porque antes cor-de-rosa, que branco, que a mariquice chega a esse ponto. 

Agora, quando soube que estava grávida, e antes de saber o sexo, foi algo que me veio à cabeça... Mas sinceramente, tomei logo a decisão que se fosse um menino, dormiria no berço da L., independentemente da cor. Afinal de contas é um mobiliário que fica em casa e não ia gastar dinheiro quando tenho um berço praticamente novo, que a L. sempre foi pessoa que estima os seus objectos. 



Relativamente ao Mobile, também é herança da L., foi só lavar os bonequinhos imundos em pó, e está como novo. 
O Dossel ou Docel (que a pessoa foi ver e escreve-se das duas maneiras), também era da L. apesar de não ter usado muito tempo, que ela puxava-o, aquilo pendia para um lado ou para o outro. Eu enervava-me e retirei-o. Está ali para enfeitar, mas provavelmente não irá durar muito tempo exposto após o nascimento.

O ninho e o edredão, esses sim, foram uma nova aquisição. Até porque na altura da L. não me lembro de haver ninhos e a desgraçada dormia na alcofa do carrinho, com a coluna vertebral em cima do cinto (que não dava para tirar) apesar de fazermos colchões de cobertores, de maneiras que não quero sujeitar esta criança ao mesmo tormento. 

Não vou fazer a cama, como outrora aqui tinha mencionado, porque para além de faltar tempo suficiente para se encher tudo de pó, a criança só sai do ninho para o berço lá para o Inverno. De maneiras, que às tantas começava tudo a cheirar a mofo, e é de evitar. Quando estiver perto do dia, farei a caminha no ninho com lençóis de alcofa e tudo ficará perfeito. 





Esta não será a posição final do berço. Irá para o outro lado da cama e na posição oposta à actual. 

P.S: As chuchas já estão esterilizadas e uma delas, já na bolsinha, no interior da mala da maternidade, pronta a encher-se de micróbios até Julho. 

quinta-feira, 18 de abril de 2019

É por isto que o sns* me provoca náuseas!!!



Isto de não ter nada para fazer tem muito que se lhe diga. 

Ontem estava a ver a Tarde é Sua, na TVI em que mais uma vez se contou uma história (verídica) de uma mãe que perdeu um bebé.

Ora então, passo a contar para que quem trabalha e não tem possibilidades de ver os programas da tarde, conheça esta história, que como ela, há milhares, infelizmente.

Trata-se de uma jovem mãe, que conheceu o companheiro há 6 anos. Casaram e queriam muito ser pais. Ela tinha 120kg, teve uma tromboflebite pelo meio, foi operada ao joelho e tinha uma depressão para a qual estava medicada.
Como queria ser mãe, tratou de todos os problemas antes para que pudesse ter uma gravidez saudável. 
Fez uma operação ao estômago e em 6 meses perdeu 57kg. 
Começou a tentar engravidar e engravidou de imediato. 
1ª consulta - Gravidez de risco, derivado a todos os antecedentes que tinha.
2ª consulta - outra médica, que achou que o ideal para o bolso do Estado, era retirar a gravidez de risco, pois, não justificava. E retirou.

Correu tudo bem até às 30 semanas, num dia em que se apercebeu que ainda não tinha sentido a bebé mexer. Comentou com o marido e foi para o hospital. Hospital esse onde fizeram uma ecografia e se constatou que tinha pouco liquido amniótico e os batimentos do bebé estavam baixos. Ficou internada.
Colocaram o CTG, onde se constatava que os batimentos continuavam baixos, chegando mesmo a 0. Por lá, entre enfs. e médicos, foram dizendo que o CTG não estava a captar os batimentos do bebé, mas sim os da mãe, daí ser mais baixo. Mesmo verificando que baixava até 0. Mas tudo bem. 
Entretanto até lhe queriam dar alta, mas como por acaso havia vagas, decidiram deixá-la ficar.

Ao longo de três dias, a mãe pediu por 3 vezes que lhe fizessem uma ecografia, as quais foram todas negadas. 
Até que aparece um anjo de uma Enf. que achou  realmente tudo muito estranho e lá conseguiu que a levassem a fazer ecografia. Portanto: 30 semanas, mas com restrição de crescimento, com valores e medições de apenas 25 semanas. Muito menos liquido amniótico, que mal dava para ver o bebé. 

Posto isto, a bebé estava em sofrimento crónico. Não era de 1, 2, ou 3 dias. A mãe foi transferida para outro hospital, pois onde estava não estavam preparados para bebés prematuros. A bebé precisava nascer o mais rápido possível. Mas necessitava das injecções de amadurecimento dos pulmões, pelo menos 4, dadas de 12 em 12 horas. Só foram a tempo de 1. A bebé faleceu entretanto, dentro do útero da mãe. Não teve tempo de levar as injecções, que podiam ter sido administradas a partir do 1º dia de internamento, se tivessem feito um diagnóstico em condições, se tivesse havido um controlo maior, se não tivessem ACHADO que era os batimentos da mãe. Se... Se... Se... 

Se tudo isto não fosse para poupar dinheiro ao Estado, esta bebé estaria viva e a mãe não estaria em sofrimento. 

Por vezes associa-se a negligência médica. Mas nem sempre. São os protocolos exigidos que provocam tudo isto.
Estes pais tiveram força, e fizeram queixa na Ordem dos Médicos. Mas infelizmente a maior parte dos pais, não faz, pois, fazer queixa não traz de volta a vida dos filhos. Pois não. Mas precisam de ser responsabilizados, para que para seja evitado numa próxima vez.

*serviço nacional de saúde em letra minúscula, por razões óbvias.

Atenção: Não quero com isto dizer, que no Privado não possa acontecer, mas tenho quase a certeza que neste caso, os problemas tinham sido verificados no 1º dia, e a criança iria nascer já com as 4 injecções de amadurecimento dos pulmões administradas.  

terça-feira, 9 de abril de 2019

A L. sempre conveniente...


Ao passarmos por uma bebé na rua a L., sempre muito invejosa com as coisas dos outros diz:

'' - Mãe, eu quero uma bebé igual aquela...''

E eu... a dar um excelente exemplo de ''a minha galinha é melhor que a tua'' respondi:

'' - A nossa vai ser melhor e mais bonita...'' 

'' - Mas mãe, eu não gosto de carecas!!!'' 


Acho que já deve ter ouvido a avó dizer alto e em bom som, que com a minha alimentação, vai sair daqui uma rata pelada, como saiu a L. há quatro anos atrás.

Mas a gente não liga... A coisa disfarça-se com lacinhos e fitas no topo do crânio. 


domingo, 7 de abril de 2019

Motivos da ausência


A pessoa tem andado ausente da escrita. O motivo é só um... Não há novidades e a pessoa não quer ser uma seca e repetir-se nas suas maleitas.

- A L. continua a fazer xixi na cama fralda durante a noite;

- A minha inquilina uterina continua do lado direito, sendo que o lado esquerdo mantém-se completamente deserto;

- Não tenho feito grandes compras pré-natais porque, como pobre que sou, vou aproveitar quase tudo da L.;

- Ainda não esterilizei as chuchas (essas são novas);

- As malas continuam feitas faltando apenas algumas coisitas;

- A minha ciática continua a dar que falar; 

- Engordei 3 kg no último mês.

Como se lê, está tudo na mesma e não vale a pena andar a maçar as pessoas com as minhas dores aqui e acolá, a gritar aos 7 ventos que as malas estão feitas desde que o teste de gravidez deu positivo, e que sou pobre e não tenho feito compras pré-natais. 

Na próxima semana, o pai das criancinhas estará de férias, pelo que irá ter mais tempo para me aturar e vamos buscar o berço à arrecadação e montá-lo. E fazer a cama com lençóis e edredão e tudo e tudo como se a criança já la dormisse nessa noite. Depois coloco foto do aparato e falarei sobre o berço numa rubrica ''A escolha da consumidora... e de suas Partners!''.


domingo, 24 de março de 2019

É ao contrário m'elher!!!


Ontem a L. veio tirar uma moedinha duma tigela onde temos moedas de 1, 2 e 5 cêntimos, que está no móvel da sala a enfeitar, quais esculturas em estanho!!!

Perguntei para que queria a moeda, pensando eu que já tivesse na ideia um próximo brinquedo a adquirir, mas não. 

'' - É para a fada dos dentes!!!'' (QUE AINDA NÃO CAÍRAM) 
'' - Ah, ok !!! 😓''


Hoje quando fui trocar os lençóis para lavar, lá estava a moedinha para a fada dos dentes.

Bem, pode ser que a fada dos dentes lhe traga um dente entretanto. 

Parece que tenho de perder 10 minutos do programa ''Quem quer casar com o meu filho'', para lhe explicar o que leva e traz a fada dos dentes. Para não haver equívocos quando houver mesmo dentes arrancados.


domingo, 17 de março de 2019

Muda lá de posição!


Bem, não sei o que se passa no lado esquerdo do meu útero, que entretanto já me chega quase ao pescoço, mas esta criança, só quer estar no lado direito. É que cabia perfeitamente outra placenta com o respectivo feto no lado esquerdo. 

Gostava só que a criança entendesse que tal facto provoca mau-estar à sua mãe, principalmente psicológico, pois com os pontapés no fígado, apêndice e vesícula biliar, já passaram por este encéfalo umas quantas patologias. 

Amanhã é dia de análises, e dentro do pequeno rol (o sistema nacional de saúde não permite grandes análises a quem é seguido no centro de saúde « tudo-letra-minúscula-por-razões-já-mencionadas») de análises está a PTGO, análise à glicose de que eu tão poucas saudades tinhas. Não passa de um frasco cheio de um liquido horroroso de tão doce, que até pica na garganta. Vou propor que as grávidas que assim o prefiram, comam cerca de 5 tabletes de chocolate ao longo das 2 horas que temos de lá estar, ao invés de beber aquele liquido. Penso que o resultado não fugiria do pretendido e era muito mais prazeroso.

Vamos ver se me aguento até ao final sem regurgitar o conteúdo pelo chão brilhante do laboratório.


Vale a pena dizer que as malas já estão feitas???? (Para daqui a muitoooooo tempo!)

Pois, já tinha dito.

Entretanto é aguardar que a criança mude para o outro lado. Ou então é melhor não, que depressa surgiriam hipocondrias do baço e pâncreas. O melhor é colocar-se no meio, sentadinha a brincar com o cordão umbilical. E ficaríamos todos muito contentes.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Diálogos educativos!


A caminho de casa, eis que se colocam questões pertinentes...

L.: Eu quero ter uma bebé...

Eu: E vais ter... No verão, quando tiver muito calor, a bebé vai nascer nessa altura.

L.: Mas eu queria agora...

Eu: Mas se a bebé nascesse agora, ficaria doente, ela precisa ficar mais tempo na barriga da mãe, para ficar mais crescida e gordinha.

L.: E depois os senhores vão cortar a corda?

Eu: A corda?? Que corda? o Cordão Umbilical?

L.: Sim...

Eu: Sim, depois a médica corta o cordão umbilical...

L.: Não é a médica, são os senhores médicos. 

Eu: 😩

E acabou a conversa!!!

sexta-feira, 8 de março de 2019

A escolha da consumidora II


Como já aqui referi, já tenho a mala de maternidade quase feita. 

Desde que engravidei que andava a ver malas. Azuis!!! Pois, estava mesmo convencida que seria um menino, mas só me interessava por malas cujo preço implicava vender um órgão vital. 

A da L. é da Tuc Tuc do ano 2014, que entretanto foi descontinuada, pelo que entendi que estaria fora de moda.

Decidi aceitar que não tenho onde cair morta e desisti das malas caríssimas que andava a ver. 

Comprei a mala da Uriage, na Farmácia, que para além do preço ser bem mais acessível, eu ainda apanhei uma promoção e contempla vários produtos que irão dar muito jeito.

Ora portantos portanto: 

1 Leite de Corpo (500ml);
1 Creme de Rosto (40ml);
Água de Limpeza (500ml);
1 Creme de Fralda (100ml);
Água Termal em monodoses (18x5ml);
1 Água Termal em Spray.

Tive pena que o Gel de Banho não estivesse incluído, mas depressa resolvi o problema e comprei-o logo passado uns dias, também numa promoção.

Quando a L. nasceu eu tinha toda uma gama de produtos de outra marca, e depois ela fez alergia, vamos lá ver se esta que aí vem é resistente às coisas que cheiram bem, pois, não me agrada nada a ideia de ter de utilizar produtos inodoros, que não têm graça nenhuma. 

Após a compra da Mala, cheguei a casa, tirei os produtos lá de dentro e constatei que a mala tem um fundo rectangular com aproximadamente 15cm de largura (medidos a olho pela minha pessoa), o que me pareceu pequeno, pelo menos para a Maternidade, não quer dizer que depois não me possa exibir com ela nos passeios de final de tarde de verão.

Por isso decidi continuar a ser pobre e utilizar a da L., a tal de 2014 que não está na moda. Mas que se lixe. É bonita e grande, pelo que caberá tudo aquilo que pretendo levar. E a da Uriage ficará então para levar a minha tralha (como se coubesse tudo), ou pelo menos parte dela. 




quinta-feira, 7 de março de 2019

Querida Mudei as Unhas*



Ontem, para além da consulta com o médico de família, foi também dia de manutenção das unhas de gel.

Desde que a Mónica abriu o estabelecimento, em 2011, ainda num pequeno quiosque com apenas 10m², que a procuro para me ajudar com as ditas cujas.





Alguns anos depois, e com tanto fluxo de clientes, tal é o profissionalismo exercido, Mónica precisou de uma ajudant(a), e eis que aparece a Nádia para preencher a trupe.




E eu, que já a deixei desamparada mais que uma vez, primeiro porque engravidei da L. e diziam as más línguas que fazer unhas de gel na gravidez fazia mal (invejosas), e depois porque o meu trabalho assim o exigiu. Mas sempre fiel, nunca a troquei por outra. Isso nunca. 
Agora, que tenho tempo e estando de baixa, posso fazer O QUE EU QUISER às unhas, do tamanho QUE EU QUISER e duram ainda mais que o habitual, claro está, que não faço nada em casa.

Continuando a cronologia…

Entretanto, Mónica e Nádia, com tamanho fluxo de clientes, necessitaram de mudar-se para um espaço maior e por arrasto, bem mais confortável (não que o quiosque não desse conforto às pessoas, que dava). 



Este espaço já contempla uma área reservada para estética, assim como cabeleireiro, cuja protagonista é a Paula, sua mãe e também uma área de comércio de produtos que podemos adquirir.



















Aliás, fica a dica, deviam mudar o nome de ‘’Querida mudei as unhas’’, para ‘’Querida, mudei tudo’’.

Sempre sofri muito com a broca, ao ponto de suar em pinga aquando do momento de ‘’brocar as minhas unhas’’, mas Mónica, muito atenciosa, tudo tem feito para mudar sempre e para melhor, para meu conforto e de todas as que sofrem do mesmo, assim como o gel que picava as unhas quando iam ao forno, e já não pica. Abençoada seja.

Desengane-se quem pensa que o quiosque com apenas 10m² onde tudo começou ficou esquecido. Nada disso. Serve agora como Centro de Formação onde a Mónica dá formação a quem este ofício quiser aprender.



Tudo isto para felicitar e agradecer o trabalho das três, que ali passam os dias a fazer mulheres felizes. A paciência, pelo menos para mim, que já quis fazer várias reclamações fingidas por o simples facto de não haver óleo de cutículas, para não falar do dia que me ia esquecendo de pagar, (vergonha vergonha vergonha) e sobretudo pelo amor com que o fazem.


*Post em parceria com a Querida mudei as unhas. Note-se que não vou receber nada em troca, aliás, fui obrigada** a escrever sobre este tema.

**Brincadeirinha



quarta-feira, 6 de março de 2019

Redimindo-me...


Hoje tive a consulta com o médico de família, e afinal correu bem, coitadito, tenho feito imensas queixas do desgraçado, mas até é boa pessoa e afinal até percebe de grávidas. Pouco, mas percebe. 

Afinal as minhas queixas recaem sobretudo no sistema nacional de saúde*.


Contei-lhe das 4 patologias de que padeci no espaço de apenas uma semana, contei-lhe também que estava de baixa novamente (passada pela obstetra), e ele até foi compreensivo e questionou-me se pretendo mesmo continuar de baixa até ao fim, ao que respondi novamente que, tendo em conta o meu trabalho, preferia. Ele diz ser contra derivado ao facto das grávidas ficarem em casa sem fazer nada e pensarem demasiado em coisas más, que é nada mais, nada menos que o meu caso. Por isso, aproveitei o momento para partilhar com ele o medo de morrer no parto, como já aqui o tinha referido.
Ele pediu-me uns momentos para se rir. E depois referiu que em 20 anos nunca tinha visto nenhuma mulher morrer no parto mas que eu poderia ser a primeira. Ajudou imenso. 

Descobri também que engordei apenas 1,5KG e este foi o momento mais agradável do dia. Pensei que fosse ficar uma elefante-fêmea, mas até agora, nem a um pequeno bisonte me assemelho, não quero com isto dizer que não venha a acontecer, que isto ainda falta muito tempo. De qualquer forma, não me parece ter de perder 35kg, de acordo com a estimativa que tinha feito no dia 4 de Janeiro.

* Letra minúscula, não merece de outra forma. 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

2º Trimestre


Hoje, com 21 semanas e 5 dias, fomos fazer a ecografia de segundo trimestre, que é só para aí a 11ª ecografia desde que soube da notícia, ainda a vesícula vitelina não tinha chegado ao destino.

Com esta ecografia ficamos a saber que está tudo muito bem e também a confirmação que é uma menina, que ainda não estava em mim e ainda tinha tudo o que comprei fechado a sete chaves e com os devidos talões. 

A mala da maternidade, essa, já estava parcialmente feita há algumas semanas. À semelhança da gravidez da L., que também a fiz muito cedo e depois ia pondo e tirando tralha lá de dentro consoante o que ia comprando. Posto isto, mais duas ou três semanas e esterilizo as chuchas que já andam a olhar para mim com vontade que as tire das caixas, mas ainda não comprei o porta chuchas mais fofo para ficarem acomodadas, que isto é para ser, é como deve ser. 
Também estou desejosa de fazer a minha mala e já comprei os produtos de higiene para a data tão desejada, porque lá está, será champõo e gel de banho a estrear no momento. Cá agora embalagens a meio.


**CRIANÇA TU AGUENTA-TE ATÉ AO FIM, MAS QUERO QUE FIQUES DESCANSADA, PORQUE AS MALAS ESTÃO PRESTES A IR PARA O PORTA BAGAGENS DO CARRO**

Sim, sei que é um absurdo e que nem sequer é viável um nascimento nas próximas semanas, mas deixem-me. 
Na gravidez da L., cada vez que ia ao hospital fazer o CTG, lá ia a mala atrás. Claro que a criança só saiu às 41 semanas e à força. Mas a gente quer é malas feitas.

Outro assunto que me está a apoquentar é a ''morte no parto'', que já tinha pairado sobre mim há 4 anos atrás e agora voltou. A pessoa até já andava mais descansada, mas de repente surge a notícia que a esposa de um ex-jogador do Benfica morreu com um AVC, e Vanessa Alexandra, que precisa urgentemente de eliminar as redes sociais e não sociais para bem da sua sanidade mental, ficou logo com a cabeça a andar às voltas com este tema tão minucioso, que certamente será tema de conversa na próxima consulta no médico de família. Vamos lá ver se ele vai valorizar. Que dá-se-me a sensação que ele não percebe nada de grávidas, quanto mais de grávidas com medo de morrer.

Veremos. 


sábado, 16 de fevereiro de 2019

Outra !!!


Na passada quinta-feira fui fazer uma ecografia 4D, 5 minutos gratuitos, em que me tinha inscrito através do site Mamãs e Bebés, e por ser realizada numa farmácia na minha área de residência, era o plano perfeito para uma tarde de quinta-feira.

Ora então, cheguei lá, à hora marcada, entrei logo e sentei-me numa cadeira na qual me foi feito um interrogatório (eu só queria os 5 minutos grátis). A rapariga começou a falar das vantagens de fazer esta ecografia em 4D, principalmente entre as 28 e as 32 semanas, pois é quando se vê melhor com quem a criancinha é parecida. Eu acenava com a cabeça (só queria os 5 minutos grátis), e ela começou a falar dos preços e que, como estava ali, tinha depois um desconto de 50% nas tais semanas importantes e em Lisboa mesmo no centro da Bebé4D (ups, disse o nome), mediante o pagamento de um sinal de 35€, ali e naquele momento, mesmo antes da eco de 5 minutos. 

Eu expliquei que já tinha feito uma com 16 semanas (noutra empresa) com o objectivo de desvendar o sexo e ficara satisfeita, não estando interessada em mais nenhuma (eu só queria os 5 minutos grátis). 
A rapariga argumentou que na altura em que fiz, as imagens são más, pois, o bebé ainda é muito pequeno bla bla bla. Eu confirmei que sim, que as imagens eram más MAS NÃO ESTAVA INTERESSADA EM ADQUIRIR QUALQUER PACK.

O facies da rapariga mudou imediatamente, dizendo-me para me deitar e que são 5 minutos e que a criança pode não se deixar ver e que não dizem o sexo. 
OK. Já estou farta de aqui estar. Vamos despachar isto. Pensei.

Claro que a criança não se deixou ver, obviamente. 
Consegui inclusive, ouvi-la da barriga a dizer: 
''Ai é??? Não compraste o pack??? Também não hás-de ver os lindos movimentos e acrobacias que te poderia mostrar!!!''

A rapariga disse que a criança estava toda enrolada sobre si própria, com o pé na cara, e que não dava para ver nada. E não deu.

Mas porque será que eu acho que se tivesse pago a porra dos 35€ de sinal, a criança iria fazer macacadas para sua mãe???

Acho isto uma falta de respeito para com as mães, pois, se realmente só os bebés cujas mães pagam, se deixam ver, deviam deixar isso claro no momento da inscrição. 
Além de que não é correcto pagar o tal sinal de 35€ com quase 10 semanas de antecedência, não sabendo o que até lá poderá acontecer e até se haverá vagas para essas semanas, não havendo garantia de reembolso. 

Depois ainda me pediu para ir falar com a Drª. cujo nome nunca fiquei a saber, para um esclarecimento sobre a Criopreservação das Células Estaminais. Respondi que estava informada e não interessada na mesma. A rapariga, cujo nome também nunca descobri, disse para ir na mesma falar com a Drª. para dar esse feedback (???), o que vale é que a Drª. estava ocupada e eu assim que a outra virou costas, fui-me embora, escapando assim a uma lavagem cerebral que nunca surtiria efeito.

Experiência a não repetir.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Querida ciática...


Ao contrário da gravidez da L., esta está a ''matar-me aos bocados'', ela é dor nas pernas, qual velhinha de 90 anos, ela é dor nas costas, ela é má circulação numa sexta parte da perna direita. 

A dor ciática, essa maldita, de vez em quando vem dar o ar da sua graça, fica 2 ou 3 dias e volta para o sítio dela. Não sei se é a criancinha que decidiu abancar em cima do nervo, ou se é para aqui uma hérnia fruto dos esforços do trabalho, cujo ordenado não merece qualquer sintoma advindo do mesmo, ou quiçá algum quisto no nervo (que a pessoa esteve a ler as causas na Wikipédia).

A verdade é que a pessoa está muito contente sentada no sofá a ver o Programa da Cristina, e quando termina, às 13h, a pessoa lembra-se que precisa de almoçar e levanta-se, e apercebe-se que não consegue caminhar sem coxear e sem colocar a mão direita na região lombar, como que a amparar algo para não cair. A pessoa estica-se, faz movimentos com a coluna vertebral para a esquerda e para a direita como se de exercícios de alongamento se tratasse. E a pessoa acaba por aprender a conviver com a dor e até ganha uma certa afinidade e amizade com a mesma, porque afinal de contas, o Google lembra que há doenças piores, só que entretanto a dor desaparece uns dias, deixando saudade (mas não), e quando a pessoa já limpou as lágrimas de saudade e já arranjou outro sintoma que apareceu noutro sitio para se entreter, eis que a Ciática, a amiga falsa que aparece e desaparece, volta para atormentar. E repete todo o processo. 

Portanto é bom que a criança vá mudando de posição para que a dor não permaneça definitivamente, porque éramos capazes de nos fartar uma da outra e provavelmente ia ter de enveredar por outros caminhos (comprimidos destinados a esse fim) para a expulsar (à dor, não à criancinha, coitadinha).

E é rezar para que daqui a 4 meses e meio, a dor vá para sempre à vida dela.

E é rezar duas vezes para que até lá não apareçam diabetes nem hipertensão, que era só mesmo o que faltava.