segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A Reclamação, pela enésima vez.


Já perdi a conta ao número de reclamações que fiz no centro de saúde ao qual pertenço. 

Então desta vez sucedeu-se o seguinte. 

Na semana passada, com a V. doente, dirigi-me ao dito cujo a fim de conseguir uma consulta. Que não. Que já não havia. Ouvi-as entre dentes, comentar que só lá estavam 2 médicos, os outros 4, estavam ausentes, em Congressos e afins.

Fiquei logo meio irritada e na dúvida se o Ministério da Saúde terá conhecimento que seja permitido ausentarem-se 4 médicos no mesmo dia. Mas enfim. 
Respondi à Sr.ª Administrativa que iria então ligar para a Saúde 24. Resposta dela: ''Pode ligar, é igual. Não tenho consultas.''

Liguei. O Sr.º Enf.º encaminhou-me para o dito espaço (chamemos-lhe assim, já que de centro de saúde, pouco tem), frisando que caso não dessem resposta, tinham de encaminhar para algum lado.

Dirigi-me novamente ao espaço, referindo à Sr.ª Administrativa, já ter ligado para a Saúde 24, e por esse motivo, ela já lá teria a notificação. 
Abundando em simpatia, bufou, encolheu os ombros e disse não ter consultas.
''Tudo bem''. Disse eu calmamente. ''Nesse caso, terá de arranjar uma solução.''

Que não, que não tinha de enviar a notificação para lado nenhum, e eu que fosse para o outro centro de saúde da freguesia vizinha, que lá tinham acesso à notificação.

Vanessa Alexandra foi, com sua bebé febril, para o local indicad. Que não, que se o meu médico de família era no outro centro de saúde, ali não podiam marcar consultas. Que fosse ao atendimento complementar das 20H, para onde teria de ir tipo às 17h para conseguir vaga, sendo que mesmo pela Saúde 24, não tinha prioridade, e para agravar, não estava lá porra de notificação nenhuma. 

E eis que regresso ao espaço de origem, o tal que já devia ter fechado por falta de tudo, e peço o livro de reclamações.

Peguei em mim e na criança e fui ao primeiro Hospital Privado que me apareceu à frente. Porque afinal de contas, o sns não presta para nada. 


sns - foi o mais pequeno que o computador me permitiu. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Médicos generalistas a brincar aos Pediatras


A V. tem estado doente, algo que me tem feito, iclusivé, estar de baixa de assistência à família. Já tem tido certas e determinadas constipações, mas desta vez a coisa está demorada. 

Na terça-feira liguei para a Saúde 24, onde me encaminharam para o centro de saúde. Lá fui eu. Está tudo bem, é viral, vamos esperar que passe.

Mas a quantidade de secreções que habitavam aquelas cavidades nasais, e com a experiência que tenho, quer nesta criança, quer na L., tudo me levava a querer, que mais tarde ou mais cedo se iria transformar em Otite. Então, quarta-feira, regresso ao hospital, dado que, criancinha estava a fazer febre de 4 em 4 horas. E menos, até. 

A V. tinha uma ramelita, que deixei ficar, de prepósito. A médica perguntou se ela tinha muitas. Eu respondi com toda a confiança, que não, que fora ao longo do dia e que seria das secreções.

Entretanto, ao observar os ouvidos, em que demorou imenso, tal era a insegurança perante o que estava a ver, a V. chorou imenso e já havia mais ''nhanha'' junto ao olho. Que é aquilo a que eu chamo ''Constipação ocular'', derivado à quantidade de secreções ser tanta, que estava a sair por todos os orifícios, sendo que já tinha tido esta experiência com a L..
A médica ao ver aquele 0,0005 ml de nhanha, disse imediatamente: ''isto é conjuntivite bacteriana. Vai fazer antibiótico.''
Eu fiquei meio aparvalhada, pois esperava todo o diagnóstico, menos isto. 

''Mas... Isto não é das secreções??'' Perguntei eu.
''Não, é conjuntivite bacteriana.''

''Mas... Ela nem tem os olhos vermelhos, nem desconforto por comichão, nem lágrimas....... PENSEI MESMO QUE FOSSE DAS SECREÇÕES.'' Respondo eu.

''Não, é mesmo conjuntivite. Tome lá a receita. E deixe cá ver outra vez os ouvidos.''

''Bem, ela tem os ouvidos vermelhos, mas como está a chorar!!!''

A médica, tinha acabado de sair da faculdade, nitidamente. Nada contra, todos temos de começar por algum lado, mas bem, quando estamos inseguros, perguntamos aos colegas. E ela tinha 3, naquela sala, à disposição. 

Evidentemente que não comprei o antibiótico, pois, sabia a 100% que aquilo não era conjuntivite, mas com a garantia que na manhã seguinte iria ao Centro de Saúde falar até com a Enf. para aferir que não era mesmo conjuntivite.

Novidade das novidades. Limpei a ''nhanha'' às 23h de quarta-feira, e até hoje, sexta-feira, 14h40, não houve mais ''nhanha''. Fico orgulhosa, por ter poupado a minha filha a levar com antibiótico nos olhos, desnecessariamente.

E agora perguntam vocês: Então se sabes tudo, (ou tens a mania que sabes tudo), porque é que vais com as crianças para o hospital???

E eu explico: As farmácias não passam antibioterapia sem prescrição médica, e como a própria frase indica, eu não sou médica, logo, não tenho capacidade para prescrever aquilo que por vezes entendo que elas devam tomar. 

Atenção, não me interpretem mal, não estou para aqui a dizer que sei tudo. Até porque a maior parte das vezes que vou para o hospital com elas, vou a pensar que são cancros e afins. Que não sou hipocondríaca com elas, mas quando estão doentes, acabo por ir abaixo nesse sentido e começo a divagar.

Agora, há coisas básicas. E por ter tanta experiência em hospitais com a L., com otites e secreções marotas que saem por todo o lado. E agora com a V., que uma pessoa vai aprendendo alguma coisa.


Fica por contar a história da reclamação que fiz entretanto no centro de saúde, que já está em minúsculas novamente, porque voltou a descer de nível para com a minha pessoa. 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Conversa entre duas adultas!


Um dia destes, no carro, diz a Lia:

- Mãe quero uma casa igual àquela...

E segue-se o seguinte diálogo: 

Eu - Então, se queres, tens de fazer muitas fichas e estudar muito, e quando fores médica (profissão que ela, neste momento, diz querer para o futuro), podes ter a casa que quiseres. (eu a achar que os médicos ganham milhares)

L. - Mas eu quero uma casa com chaminé, para o pai natal entregar os presentes. 

Eu: Sim, depois escolhes o que quiseres para a tua casa.

L: Mas mãe, como trazemos a casa das compras?

Eu - Como assim?!

L. - Sim, das compras. (pensa que se compram casas no Jumbo)

Eu - Tu escolhes a casa que queres, compra-la e depois, tu é que te mudas para lá.

L. - Mas e vocês? 

Eu - Então, nós ficamos na nossa casa, depois tu segues a tua vida. A mãe também saiu da casa dos avós, assim como o pai. 

L. - Ah, mas se a V. gostar da minha casa, pode ir comigo e ser a minha filha.

Eu - Poder pode, mas não vai ser a tua filha.

 (É muito cedo para estar a ter esta conversa e tentar despachá-las desta forma???)

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Excesso de Tablet


A L. aparece na sala com uma peruca cor de rosa e um chapéu de palha por cima e diz:

- Olá, eu sou a ursinha, não tenho pais há muito tempo, vivo na rua abandonada!!! Você é a Vanessa?

Levou um ralhete, foi logo tirar a peruca!!!

Adenda ao post anterior...


Talvez tenha sido mal interpretada.
Isto é um capricho meu, não digo que não.

Está bem que a V. já come sopa, fruta, papa, marisco e bivalves, mas na verdade, a maior beneficiária será ela, que vai poder usufruir novamente do leite materno.

E a minha mãe, que é aquela pessoa que está lá sempre... a NÃO me apoiar em nada, já disse:
- Não dês isso à menina, que já está fora do prazo!