sábado, 28 de novembro de 2020

Tão diferentes...

 

Como é que duas crianças, irmãs, mesma mãe e mesmo pai, geradas no mesmo útero, alimentadas por um cordão umbilical cujos 70% da alimentação era chocolate, podem ser tão diferentes uma da outra?

A L., foi a primeira. Deu noites horríveis enquanto recém-nascida, cólicas, manhas e afins. Depois passou-lhe e foi um anjo até aos dias de hoje. Muito meiguinha, não faz mal a uma mosca. Podem-lhe fazer tudo, e ela nem reage (o que também não é bom), sai mesmo à mãezinha dela que era tal e qual, e continua a ser.

A V. quando nasceu, foi um anjo, se deu 3 noites más foi muito. Cólicas quase não existiram, ou então foi a experiência que eu já tinha, que me levou a prevenir essas malvadas. Toda eu me gabava de ter uma bebé tão calminha e me deixava dormir. Saíu tudo ao contrário. Hoje com 16 meses, chora quase de hora a hora durante a noite, por nada, fome não é, chucha não é, qual recém-nascido. É tão mau, que a vontade de ter o terceiro filho quase (QUASE) desapareceu. 

É má c'umás cobras. Bruta que só ela, chora o dia todo, só porque sim, só porque existe. Está mesmo zangada com a vida. 

Todo este panorama levou-me a fazer um estudo, e cheguei à conclusão de que V. tem genes de sua madrinha, que também ela era má c'umás cobras e tão bruta que estragava tudo em que mexia. Aliás, ela foi tão ''difícil de criar'' que hoje diz não querer ter filhos, tal é o medo que saiam a ela. 

Com a S., madrinha, passei tanto tempo da minha vida, antes da escola, durante a escola, passagens de ano, férias de verão, semanas em que os meus pais iam para a terra e eu não queria ir, que acabei por ficar com genes dela, embora só se manifestem em filhos. Note-se que S. já tinha um afilhado antes da V. que é tal e qual.

Por isso, antes de escolherem madrinhas e padrinhos para os vossos filhos, consultem o histórico da sua infância, pois têm fortes probabilidades de terem filhos iguais, mesmo não sendo da mesma família. 


Nota: Se o Instituto Nacional de Estatística, me quiser contratar para dar continuidade ao Estudo, encontro-me disponível, mediante 2 meses de espera para resolver a minha vida actual. 😁



domingo, 18 de outubro de 2020

O poder das palavras II

 

Quando passo o tempo todo a dizer que quero o meu bebé recém-nascido de volta, que a V. está a crescer muito depressa, que tenho saudades, etc. etc., não é suposto Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, fazer com que ela volte a acordar de 3 em 3 horas durante a noite, qual recém nascido com 3 dias. 

É que a pessoa agora trabalha, JÁ NÃO ESTÁ DE LICENÇA, maneiras que agora a coisa custa mais, a pessoa enerva-se, grita, vai lá meter a chucha, ou alimentar, depois chega à cama e tem dificuldade em voltar a adormecer, quando finalmente consegue adormecer novamente, o despertador toca e a pessoa ignora-o sem querer, tendo em conta a noitada que levou a fazer piscinas entre quartos. 

Tendo em conta o panorama, se calhar é mesmo melhor parar de ter filhos, que esta miúda portou-se melhor que a irmã em recém-nascida, mas agora parece estar a comportar-se mesmo como tal. Com 15 MESES !!!

O poder das palavras


Quando, nos últimos dias do ano, partilhei a minha história do nódulo da mama, acrescentando que uma das resoluções de ano novo seria deixar de ser Hipocondríaca, não era suposto deixar de o ser, para passar a ser Covidocondríaca. É que a pessoa até tem vontade de deixar de pensar em doenças, mas vem o Covid e a pessoa não consegue evitar de pensar no dito a toda a hora. 

Sei que estamos em Outubro, mas vá, em 2021 quero voltar a ser hipocondríaca.


(É uma dica para ti, Covid19) 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Há um ano atrás IV...



00H00..
Continuamos à espera.
Vem um, faz o toque. Ah ainda não está.
Vem outro. Idem aspas.
03H00..
Rompe-se-me tudo o que faltava romper, e uma inundação surge por baixo de mim (mais pormenores adoráveis).
Chamo alguém. Claro que é sempre a desgraçada da Assistente Operacional que vem. 95% das vezes que chamamos, é para o Enfermeiro... Mas são sempre as desgraçadas que andam para trás e para a frente. Adiante.
‘’Acho que a bolsa rompeu na totalidade, sinto que estou toda molhada.’’
‘’Deixe cá ver.’’
‘’Ah pois foi.’’ Vá de meter resguardos.
Foi-se embora.
Então mas... e agora?? não vêm tirar a criança???
Não vieram.
A partir daí sim, começaram as contrações. Ainda um pouco espaçadas.
Esta brincadeira desde as 03h e tal da manhã, até às 8h, sempre a penar, mas sempre a recusar a epidural.
Ás 9h mais ao menos, cheia de contrações espaçadas por menos de 1 minuto, mandam-me ao WC tomar banho (diz que a água quente na barriga ajuda, deve espantar a criança, obrigando-a a sair, digo eu.). No longo caminho de 3 metros de distância, amparada pela Enfermeira, peço: ‘’Bem, se calhar quero a epidural.’’
Ela responde: ‘’ah, mas já está com 10 dedos de dilatação, alguns médicos já não gostam de dar nesta altura.’’
Eu cheia de medo e temendo o pior: ‘’ah então é porque pode acontecer algo ainda pior, então quem aguentou até agora, aguenta mais um pouco.’’
Cheguei a sanita, tive uma contração tão grande, que durante aqueles segundos só pensei: mas o que é que eu tinha na cabeça para me meter nisto de ter um bebé outra vez?????? Podia estar sossegada em casa a dormir.
Assim que passou, voltei para a cama, nem tomei banho nenhum, são doidos ou quê? Saía-me a criança na cabine duche, batia com o crâneo na grelha e ia para a neonatologia UCI com um traumatismo crânio-encefálico?
Não. Fui para a cama a passo rápido, para não me dar mais nenhuma naquele espaço de 3 metros.
Nisto chega um bando de pessoas, entre médicos, enfermeiros e 1 assistente operacional.
Ai meu Deus. Que é agora. Eu já só queria despachar a coisa.
Faça força. Faça força. Repete 20 vezes.
E eis que às 10h20 nasce sua excelentíssima.
Parto normal, sem epidural. E o orgulho que eu tenho em dizer/escrever que não levei epidural???
Levar pontos. Questionar a médica, durante a sutura, se podia ter alguma embolia, se podiam ter ficado restos de placenta cá para dentro que me iam fazer uma infecção e provocar uma septicemia, entre outras perguntas estupendas.
Dar maminha. Criança mamar como se já o tivesse feito antes. Ir ao WC, perder jactos der sangue no caminho, e assustar-me. MUITO. Mas tudo bem. Ir para o quarto onde iríamos viver nos próximos 2 dias. O resto fica na intimidade.
Ah... e o mais importante... Ligar à minha mãe, e esfregar-lhe na cara, que afinal, a criança nasceu mesmo.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Há um ano atrás III




Na noite anterior a médica que me observou fez o favor de me romper a bolsa e eu sem saber de nada.
Acordei, fiz a minha higiene diária, tomei o pequeno-almoço, até que... de quando em vez, sentia que estava a fazer xixi nas cuecas. Mas não saía nada. Tantas foram as vezes que tive esta sensação, que acabei por colocar um penso. E a sensação continuava. Será incontinência? Pensava eu. Querem ver que a criança me danificou a bexiga? Temia eu.
A L. foi passar a tarde com a amiguinha Y. Foram ao cinema. E nós aproveitamos para ir às compras. Mal sabíamos como íamos acabar a noite. Lembro-me de estar no Jumbo e a fazer xixi (?) aos poucos. Mas o penso estava limpo e cristalino, sem coloração amarelada que denunciasse urina.
Ao final da tarde, a L. chegou, e eu fui caminhar para a zona ribeirinha com a minha amiga A., para ver se a coisa acelerava.
Antes de sair, fiz o xixi. E o penso sempre limpo, ao retirá-lo percebi que estava pesado. Algo era. Completamente transparente, o que quer que fosse.
Deixei-o estar. De propósito.
Fui caminhar e cada vez mais sentia qualquer coisa a sair.
Caminhamos um pouco, despedimo-nos, cada uma entrou no seu carro.
Ao chegar à minha rua, já decidida a ir ao hospital, deixo o carro na rua e não na garagem. Levanto-me e percebo que o banco está com uma mancha de água no meu lugar. E toda eu irradiava alegria.
Era desta!!!
Cheguei a casa, jantei, saímos, deixamos a L. nos meus pais, e lá fomos nós.
Ah, ao deixar a L., a minha mãe, ainda soltou um: ''Chegas lá, vens corrida outra vez'', sempre pronta a animar-me.
Chegamos ao hospital. Triagem: ah e tal, estou a perder líquidos. DESDE MANHÃ. Pulseira laranja, ou amarela, não me lembro bem, SHAME ON ME.
CTG - nada de contrações (querem ver que a minha mãe tinha razão???)
Quando fui observada pelo médico: ‘’Abra lá as pernas e tussa, para ver se é líquidos!
Tossi. Assentiu com a cabeça e um ligeiro dobrar de lábios como que a dizer que sim.
E eu respondi: ‘’Mas eu nem tenho dores!!!’’
Ao que o dito responde: ‘’Alguma coisa há de ter, pois, tem 4 dedos de dilatação, está em trabalho de parto.’’
O quê??? Estive cá ontem e só tinha 1. Foi aí que percebi que a tal médica, ao fazer o toque, atiçou a fera e acelerou o processo.
‘’Vai ser internada.’’
Afinal se calhar não estava preparada ainda. Quem me dera nesse momento poder voltar para casa e não ser nada, como dissera a minha mãe, só para me preparar psicologicamente, tal era o medo.
Perguntou-me ainda se queria Epidural. Disse que não, pois, podia ficar paraplégica. Riu-se na minha cara. E eu, já mais séria disse que, queria tentar não levar, pois, segundo tenho ouvido, as dores toleram-se, excepto as provocadas pela oxitocina, algo que, se já estava em trabalho de parto, não iria levar. (Eu, armada em profissional de saúde)
Ele responde que como estava a perder liquido há muitas horas, teriam de administrar, para acelerar. Lá assinei aquele consentimento que é como quem diz, se morrer ou se ficar paraplégica, não nos responsabilizamos.
O N. foi ao carro buscar as tralhas que já la estavam desde as 35 semanas.
Fui para o quarto, visti a bata. E vá de aguardar. Não falo dos clisteres porque acho que já são muitos pormenores, e quem me lê, pode não aguentar.
23h59...
Continua...

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Há um ano atrás II...



Foi o auge do rolhão mucoso. Foram cerca de 100g do dito que saiu de uma só vez.
Pensei: MEU DEUS é hojeeeeeee!!!!!

Eu até ia fazer xixi, sem ter vontade só para me limpar e continuar a sair aquela porcaria, porque para mim, cada vez que saía, mais livre ficava para a criança sair. Passei o dia nisto.

Ao fim da tarde, quando o N. chegou do trabalho, lá fui, sózinha, para o hospital, ele ficou com a L, e dizia ser maluqueiras minhas, que por mim ia todos os dias ao hospital desde as 37 semanas.
Neste dia fazia 39 semanas e 6 dias. A 1 dia de fazer as 40. Porque raio não podia ser naquele dia?
Era sábado, fim-de-semana de Colete Encarnado em Vila Franca de Xira. À entrada da Vila, estavam polícias a cortar o trânsito, coisa que não me lembro de acontecer nos anos anteriores, logo, foi só para me enervar. Eu não sabia o caminho por cima. Perguntei a um Sr. Polícia que me indicou o melhor que soube. Lá fui eu dar a volta por cima.
Cheguei.
Triagem: ah e tal, estou a perder o rolhão mucoso em grande quantidade.
Pulseira verde, claro.
Quando fui observada pela médica, fez-me o toque, mais doloroso ainda, de propósito, pois foi aí que tudo começou.
Ah e tal, colo permeável, 1 dedo de dilatação, vá para casa porque há de entrar em trabalho de parto sozinha. (eu tinha indução marcada para daí a uma semana, e não queria nada chegar a esse dia porque sei o que passei da L. com o parto induzido).
E fui para casa, muito cabisbaixa (também ainda não era desta)
Afinal, nesse toque, a médica não fez mais, do que me romper a bolsa.
Continua...

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Há um ano atrás I...



Fui à consulta das 39 semanas, no Hospital, com esperança de ficar lá e a criança nascer logo naquele dia...
A S., madrinha, foi comigo, pois, podia ter de lá ficar e não podia deixar lá o carro no parque de estacionamento e pagar balúrdios, porque a pessoa é pobre.
Adiante, fomos ao C. C. Campera, almoçamos lá e depois rumamos ao Hospital.
Fiz CTG, tudo normal (ainda não era desta), e depois na consulta com a médica, a dita fez-me o toque, que já doeu horrores (adorando espalhar o pânico), enquanto me dizia que era possível começar a perder o rolhão mucoso. Comecei logo a sentir sair coisas ainda na viagem até casa. Mas era tudo normal.
Para mim era algo novo, já que com a L. não passei por nada disto até porque teve de ser arrancada cá de dentro à força.
Continua...

sábado, 6 de junho de 2020

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Ausência


Tenho estado ausente porque tenho estado demasiado ocupada... a não fazer nada. 
A pessoa até se podia entreter a lavar cortinados, paredes, tapetes e afins. Mas não se lhe apetece.

Dia 1 de Junho, se as pessoas continuarem a comportar-se, já regresso ao trabalho, e as miúdas ao infantário. O que vai acontecer nesse dia? 
O mesmo que aconteceu no primeiro dia de trabalho pós-licença de maternidade.

''Porque é que não aproveitei mais???''
''Coitadinhas, tinham a mãe só para elas e passei o tempo todo entre gritos e repreensões''
´
Há uns tempos atrás queixava-me porque talvez fosse a última vez que ia estar grávida/baixa por gravidez/licença de maternidade e até a porra da amamentação voltou à baila tal era o desespero. Mas prontos pronto, quer dizer, a pessoa até pode repetir esse grande evento da vida, mas a Pandemia, esperemos que tenha mesmo sido a primeira e última do século.

De qualquer forma, em circunstância alguma, numa futura gravidez, viria a ficar com elas em casa 24/24, 7/7, 31/30. Portanto talvez, mas só talvez, vá ter saudades disto. 

Mas é melhor calar-me, não vá isto descambar e o regresso ao trabalho ser adiado. 

Porque já preciso mesmooooooo de ir trabalhar e estar esse período sem aturar crianças. 

E são estas as novidades. Depressão pré-laboral e uma tablete de chocolate 200g por noite.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Acéfalos


Este texto está a ser escrito com gritos de raiva. 
A palavra '' acéfalo '' vai ser usada em abundância neste texto. Ah, e a frase '' nada menos que isso '' também. 

Ando eu aqui, feita prisioneira, a privar as minhas filhas do Mundo, desde dia 13 de Março, para os acéfalos andarem na rua feitos ATRASADOS MENTAIS, nada menos que isso. 

No dia 12 de Março foi decretado o encerramento das escolas. No dia 19 foi decretado Estado de Emergência. Perdoem-me mas já não é suposto estarmos com tantos casos novos diários. Já tinham de estar a diminuir. 


Não sei como os acéfalos que saem, sem ser para trabalhar ou para compras, não têm NOJO de andar na rua, pois, eu, assim que meto um pé fora da porta de casa, já me sinto contaminada. Está tudo contaminado, desde o botão do elevador, ao chão que eu piso, às compras que eu toco, ao multibanco onde introduzo o cartão (não falemos sequer no dinheiro). Tudo está CONTAMINADO. 

Mas, para os acéfalos, parece estar tudo higienizado, inclusive o asfalto cujos filhos pisam com as suas bicicletas. 

Na primeira semana, fui meio acéfala. Meio, porque saí de casa para a L. andar de bicicleta, mas na parte de trás do prédio, onde só há hortas e as entradas para as garagens. Não se via vivalma, por isso fui. Estive 3 minutos. Voltei para casa. Senti-me porca e assim que chegamos a casa, tomamos banho as 3. 

Saio para compras aos sábados, em que, desinfecto o carrinho cheio de vírus, toco nas compras imundas e desinfecto as mãos antes de mexer na carteira para pagar, mas atenção, nem por isso estou livre de o apanhar. Ninguém está. 

Não uso máscara, pois, não me sinto confortável e sei que por esse motivo iria tocar-lhe bastantes vezes, possibilitando a entrada do vírus, devido às mãos imundas tocarem na face.

Luvas então, nem se coloca em questão. Não sei quem é mais acéfalo, se quem sai para a rua por tudo e por nada, se quem usa luvas. Luvas essas que são pau para toda a obra. Ele é mexer nas compras, ele é pagar as compras, ele é mexer no telemóvel, é tudo!! Sim, porque a gente tem é de proteger as mãos. O vírus entra é pelas entranhas das mãos. Nunca pelo resto. Portanto quando tirarmos as luvas, o vírus vai à vida, mas nem fica no telemóvel, chaves e afins nem nada. Onde posteriormente vamos mexer SEM LUVAS.

Adiante.

Os acéfalos infectados que saem e andam fugidos, mereciam internamento compulsivo, com direito a ventilador, SEM DELE PRECISAREM, e depois, quando precisassem , UPS, NÃO HÁ, e nada menos que isso.
Para verem o que é bom para a tosse. 

Mas continuem a sair. Afinal de contas, não há multas, não há punições. Não há nada. Há apenas polícias fofinhos a ACONSELHAR o regresso a casa. Mas enfim, os conselhos são conselhos. Nada mais.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Preocupações de uma Hipocondríaca



Mais do que preocupada com a fase que estamos a viver. Este Covid19 que nunca mais vai à vida dele, há algo que também me preocupa muito.

A quantidade de doenças do foro Cardiovascular, como AVC's, Tromboembolismos e etc., a que os cidadãos estão sujeitos derivado à vida sedentária pela qual estão a ser obrigados. Pelo menos os que cumprem.

Eu estou preocupada com a minha saúde cardíaca e imunitária, mas assim cum'ássim fico em casa a entupir-me em tabletes de chocolate, que tendo acabado ontem a última, hoje passo para a lata de leite condensado, contribuindo assim para a Diabetes que não sendo cardiovascular, é metabólica mas não menos importante no que ao risco diz respeito. 

Já para não falar na obesidade, que eu ainda não senti, não sei se porque não está realmente a acontecer, se por estar sempre de pijama.

De qualquer forma vou começar a fazer exercício físico em casa, que isto de me levantar e sentar no sofá não conta como agachamentos. 

Isso e continuar em casa para ver se isto passa depressa. Eu e todo o Mundo. Convém.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A Reclamação, pela enésima vez.


Já perdi a conta ao número de reclamações que fiz no centro de saúde ao qual pertenço. 

Então desta vez sucedeu-se o seguinte. 

Na semana passada, com a V. doente, dirigi-me ao dito cujo a fim de conseguir uma consulta. Que não. Que já não havia. Ouvi-as entre dentes, comentar que só lá estavam 2 médicos, os outros 4, estavam ausentes, em Congressos e afins.

Fiquei logo meio irritada e na dúvida se o Ministério da Saúde terá conhecimento que seja permitido ausentarem-se 4 médicos no mesmo dia. Mas enfim. 
Respondi à Sr.ª Administrativa que iria então ligar para a Saúde 24. Resposta dela: ''Pode ligar, é igual. Não tenho consultas.''

Liguei. O Sr.º Enf.º encaminhou-me para o dito espaço (chamemos-lhe assim, já que de centro de saúde, pouco tem), frisando que caso não dessem resposta, tinham de encaminhar para algum lado.

Dirigi-me novamente ao espaço, referindo à Sr.ª Administrativa, já ter ligado para a Saúde 24, e por esse motivo, ela já lá teria a notificação. 
Abundando em simpatia, bufou, encolheu os ombros e disse não ter consultas.
''Tudo bem''. Disse eu calmamente. ''Nesse caso, terá de arranjar uma solução.''

Que não, que não tinha de enviar a notificação para lado nenhum, e eu que fosse para o outro centro de saúde da freguesia vizinha, que lá tinham acesso à notificação.

Vanessa Alexandra foi, com sua bebé febril, para o local indicad. Que não, que se o meu médico de família era no outro centro de saúde, ali não podiam marcar consultas. Que fosse ao atendimento complementar das 20H, para onde teria de ir tipo às 17h para conseguir vaga, sendo que mesmo pela Saúde 24, não tinha prioridade, e para agravar, não estava lá porra de notificação nenhuma. 

E eis que regresso ao espaço de origem, o tal que já devia ter fechado por falta de tudo, e peço o livro de reclamações.

Peguei em mim e na criança e fui ao primeiro Hospital Privado que me apareceu à frente. Porque afinal de contas, o sns não presta para nada. 


sns - foi o mais pequeno que o computador me permitiu. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Médicos generalistas a brincar aos Pediatras


A V. tem estado doente, algo que me tem feito, iclusivé, estar de baixa de assistência à família. Já tem tido certas e determinadas constipações, mas desta vez a coisa está demorada. 

Na terça-feira liguei para a Saúde 24, onde me encaminharam para o centro de saúde. Lá fui eu. Está tudo bem, é viral, vamos esperar que passe.

Mas a quantidade de secreções que habitavam aquelas cavidades nasais, e com a experiência que tenho, quer nesta criança, quer na L., tudo me levava a querer, que mais tarde ou mais cedo se iria transformar em Otite. Então, quarta-feira, regresso ao hospital, dado que, criancinha estava a fazer febre de 4 em 4 horas. E menos, até. 

A V. tinha uma ramelita, que deixei ficar, de prepósito. A médica perguntou se ela tinha muitas. Eu respondi com toda a confiança, que não, que fora ao longo do dia e que seria das secreções.

Entretanto, ao observar os ouvidos, em que demorou imenso, tal era a insegurança perante o que estava a ver, a V. chorou imenso e já havia mais ''nhanha'' junto ao olho. Que é aquilo a que eu chamo ''Constipação ocular'', derivado à quantidade de secreções ser tanta, que estava a sair por todos os orifícios, sendo que já tinha tido esta experiência com a L..
A médica ao ver aquele 0,0005 ml de nhanha, disse imediatamente: ''isto é conjuntivite bacteriana. Vai fazer antibiótico.''
Eu fiquei meio aparvalhada, pois esperava todo o diagnóstico, menos isto. 

''Mas... Isto não é das secreções??'' Perguntei eu.
''Não, é conjuntivite bacteriana.''

''Mas... Ela nem tem os olhos vermelhos, nem desconforto por comichão, nem lágrimas....... PENSEI MESMO QUE FOSSE DAS SECREÇÕES.'' Respondo eu.

''Não, é mesmo conjuntivite. Tome lá a receita. E deixe cá ver outra vez os ouvidos.''

''Bem, ela tem os ouvidos vermelhos, mas como está a chorar!!!''

A médica, tinha acabado de sair da faculdade, nitidamente. Nada contra, todos temos de começar por algum lado, mas bem, quando estamos inseguros, perguntamos aos colegas. E ela tinha 3, naquela sala, à disposição. 

Evidentemente que não comprei o antibiótico, pois, sabia a 100% que aquilo não era conjuntivite, mas com a garantia que na manhã seguinte iria ao Centro de Saúde falar até com a Enf. para aferir que não era mesmo conjuntivite.

Novidade das novidades. Limpei a ''nhanha'' às 23h de quarta-feira, e até hoje, sexta-feira, 14h40, não houve mais ''nhanha''. Fico orgulhosa, por ter poupado a minha filha a levar com antibiótico nos olhos, desnecessariamente.

E agora perguntam vocês: Então se sabes tudo, (ou tens a mania que sabes tudo), porque é que vais com as crianças para o hospital???

E eu explico: As farmácias não passam antibioterapia sem prescrição médica, e como a própria frase indica, eu não sou médica, logo, não tenho capacidade para prescrever aquilo que por vezes entendo que elas devam tomar. 

Atenção, não me interpretem mal, não estou para aqui a dizer que sei tudo. Até porque a maior parte das vezes que vou para o hospital com elas, vou a pensar que são cancros e afins. Que não sou hipocondríaca com elas, mas quando estão doentes, acabo por ir abaixo nesse sentido e começo a divagar.

Agora, há coisas básicas. E por ter tanta experiência em hospitais com a L., com otites e secreções marotas que saem por todo o lado. E agora com a V., que uma pessoa vai aprendendo alguma coisa.


Fica por contar a história da reclamação que fiz entretanto no centro de saúde, que já está em minúsculas novamente, porque voltou a descer de nível para com a minha pessoa. 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Conversa entre duas adultas!


Um dia destes, no carro, diz a Lia:

- Mãe quero uma casa igual àquela...

E segue-se o seguinte diálogo: 

Eu - Então, se queres, tens de fazer muitas fichas e estudar muito, e quando fores médica (profissão que ela, neste momento, diz querer para o futuro), podes ter a casa que quiseres. (eu a achar que os médicos ganham milhares)

L. - Mas eu quero uma casa com chaminé, para o pai natal entregar os presentes. 

Eu: Sim, depois escolhes o que quiseres para a tua casa.

L: Mas mãe, como trazemos a casa das compras?

Eu - Como assim?!

L. - Sim, das compras. (pensa que se compram casas no Jumbo)

Eu - Tu escolhes a casa que queres, compra-la e depois, tu é que te mudas para lá.

L. - Mas e vocês? 

Eu - Então, nós ficamos na nossa casa, depois tu segues a tua vida. A mãe também saiu da casa dos avós, assim como o pai. 

L. - Ah, mas se a V. gostar da minha casa, pode ir comigo e ser a minha filha.

Eu - Poder pode, mas não vai ser a tua filha.

 (É muito cedo para estar a ter esta conversa e tentar despachá-las desta forma???)

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Excesso de Tablet


A L. aparece na sala com uma peruca cor de rosa e um chapéu de palha por cima e diz:

- Olá, eu sou a ursinha, não tenho pais há muito tempo, vivo na rua abandonada!!! Você é a Vanessa?

Levou um ralhete, foi logo tirar a peruca!!!

Adenda ao post anterior...


Talvez tenha sido mal interpretada.
Isto é um capricho meu, não digo que não.

Está bem que a V. já come sopa, fruta, papa, marisco e bivalves, mas na verdade, a maior beneficiária será ela, que vai poder usufruir novamente do leite materno.

E a minha mãe, que é aquela pessoa que está lá sempre... a NÃO me apoiar em nada, já disse:
- Não dês isso à menina, que já está fora do prazo! 

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Voltar a amamentar (Relactação)


Ora bem, como é que eu vou abordar este tema sem que me mandem internar na psiquiatria?

Desde que deixei de dar leite (por desistência minha), de quando em vez, apertava as maminhas para ver se saía leite. Saía sempre. Até que há cerca de dois meses deixei de o fazer. Na semana passada lembrei-me novamente, só por curiosidade. E HABEMOS leite. 

Ora a pessoa começa uma pesquisa elaborada sobre amamentar 5 meses depois de desistir, sim, porque a pessoa não tem mais nada para fazer.

Amamentar bebé que já se esqueceu da mama;
Aumentar produção de leite
Entre outras. 

(Estas eram as questões que eu colocava ao Google).

Até que descobri uma arte, bem bonita que se chama Relactação. 

Então diz que é usado quando se deixa de amamentar por qualquer motivo e depois se quer voltar a fazê-lo, tipo eu. 

A ciência diz que qualquer mulher pode voltar a amamentar, até mesmo quem nunca o fez, a título de exemplo, as mães adotivas, sendo que neste caso, quimicamente forçado, evidentemente.

Li também sobre uma técnica usada para aumentar a produção do leite que consiste em ter um recipiente com leite artificial, e uma sonda pediátrica colada ao nosso corpo que vai do recipiente até ao mamilo, onde o bebé está a beber e ao mesmo tempo a estimular a mama.

Fiquei extremamente interessada e vá de ligar para o S.O.S Amamentação para ver até que ponto isto é possível, tendo em conta a idade da minha criançola.

Que sim, estimule com a bomba, de 3 em 3 horas, qual vaca leiteira, para o corpo pensar que há um bebé que precisa do leite. 

Marquei uma consulta numa clínica especializada, porque a pessoa está a nadar em dinheiro, então pode esbanjá-lo em alucinações. 

É aguardar a consulta. Soube também que existe um medicamento que nada tem a ver com a produção de leite, mas que um dos efeitos secundários é esse mesmo. Produzir leite. 
Vanessa Fernandes foi ler a bula e eis que um dos efeitos secundários é também arritmias cardíacas e afins. Ora ansiosa como é, não. Não vai acontecer. Venha a bomba.

Entretanto, com a experiência vasta em Psicologia que a pessoa também tem, vou averiguar de onde vem esta ideia de voltar a dar mama a uma criança que praticamente já tem a dentição completa. 
Dou por mim a associar esta loucura ao facto de talvez me estar a mentalizar que não vou ter mais filhos, derivado ao massacre diário que o outro interveniente do processo me faz, citando não querer mais bebés. E no fundo, estou a regredir. Quero passar outra vez por tudo, pois sinto que não aproveitei, que desisti demasiado cedo.

Mas se as senhoras peritas na amamentação dizem ser possível, vai ser mesmo. 
Maneiras que a gota diária que sai de cada mama, vai se transformar em torneira. Não me chamo eu Vanessa Alexandra. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Brincadeiras educativas...


Eu e a L. estávamos no sofá a brincar aqueles jogos parvos: 

- Quem abrir a boca primeiro perde;

- Quem se rir primeiro perde;

- Quem piscar os olhos primeiro perde; 
...

Até que a L. se lembra:

- Quem respirar primeiro perde...


...

E morremos as duas!!! 😵

domingo, 19 de janeiro de 2020

A L. aprendeu a responder !!!


Ao almoço...

L.: Esta sopa tem muito sal, está muito boa.

N.: O que é que tu percebes de culinária?

L: É porque eu tenho a língua! 

Ok !!!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Vamos lá ver...


Sabemos que o comum cidadão precisa de trabalhar dado que 68%** dos portugueses são pobres, e eu pertenço a esse grupo da Plebe. 
E confesso que já me fazia falta alguma azáfama, não que eu sentisse essa falta, mas o meu corpo pesado e cansado sim. 

Não correu mal. Não chorei. Mas senti uma grande nostalgia. 
No primeiro dia estive todo o tempo a pensar: ''Há um ano atrás faltava um ano para sair de casa. Era feliz e não sabia''

Não tenho saudades das miúdas, pois o tempo de cada uma em seu lado faz-nos falta para não darmos em loucas.

Agora, do meu sofá??? Da minha televisão??? De não fazer nada??? 

Tendo em conta que a idade da reforma para pessoas da minha idade é tipo 87 anos e 4 meses, ainda falta muito tempo. Depois terei diabetes, hipertensão e quiçá alzheimer, e nem vou poder usufruir da mesma, isto se Deus Nosso Senhor me permitir cá estar nessa altura. 

Maneiras que vamos continuar a sofrer e rezar para que nos saia o Euromilhões para podermos ter filhos enquanto estiver na idade fértil. 

Oh, que disparate, com o Euromilhões, não é preciso ter filhos para ficar em casa. 

Que tontinha Vanessa Alexandra.


** Taxa acabada de inventar.

Finda a primeira semana de recomeço...


... quando é que me posso reformar mesmo??? 

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A V. no infantário...


Começou ontem, no melhor sítio e com as melhores pessoas que conheço para o efeito, pois, foi a segunda casa da L. durante quase 4 anos.
Ontem foram só 5 horas, para se ambientar.
Hoje já almoça.

E eu? A mim não me custou nada, ainda não fui trabalhar. O que custa é ir trabalhar, não é deixa-la. 
Quase que me sinto uma péssima mãe por pensar assim. Mas já é a segunda filha, talvez por isso. Ou se calhar sou horrível mesmo, não sei definir. 

A verdade é que ela precisa disto. Precisa de rotinas, se bem que eu já as exigia em casa. Precisa de estar com outros meninos. 

E eu vou continuar a comer chocolates para ver se este sofrimento de ir trabalhar/levantar cedo/stress, atenua. 



segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A 1 semana de recomeçar...


... a trabalhar, cai em mim toda uma depressão pós-licença-de-maternidade. Mas calma, esta não é daquelas que carece de comprimidos. Esta cura-se com uma ou duas tabletes de chocolate (seguidas), que não vem nada ajudar na dieta que a pessoa NÃO está a fazer.

Quando tive a L. não custou tanto. Primeiro porque a pessoa era imatura. (A pessoa continua imatura, mas menos um bocadinho, vá.) E depois porque fui para casa já com 6 meses de gravidez, o que fez da maratona Vanessa-Sofá-Vanessa-Centro Comercial, algo que passou mais rápido.

Agora nãooooooo. Eu ainda não tinha o embrião no sitio certo, já estava a ficar em casa de baixa.
Já nem sei o que é trabalhar. O sentido da palavra, até se perdeu, com o vento. Mas também não tenho saudades. Até porque provava a responsabilidade de cumprir horários de vez em quando quando ia levar a V. às gravações onde participou. Podia ser para sempre. Eu podia fazer disso vida. Ia levar e buscar a artista. E alguma entidade deste país, tipo Governo, que tanto rouba, podia continuar a pagar-me. O mínimo vá, também não sei o que é ganhar mais que o minimo, por isso assim cumássim, não se perdia grandes dinheiros.
E o facto de saber que pode ter sido a última vez que tenho uma licença de maternidade (lágrimas de sangue), dá cabo de mim.