quinta-feira, 18 de abril de 2019

É por isto que o sns* me provoca náuseas!!!



Isto de não ter nada para fazer tem muito que se lhe diga. 

Ontem estava a ver a Tarde é Sua, na TVI em que mais uma vez se contou uma história (verídica) de uma mãe que perdeu um bebé.

Ora então, passo a contar para que quem trabalha e não tem possibilidades de ver os programas da tarde, conheça esta história, que como ela, há milhares, infelizmente.

Trata-se de uma jovem mãe, que conheceu o companheiro há 6 anos. Casaram e queriam muito ser pais. Ela tinha 120kg, teve uma tromboflebite pelo meio, foi operada ao joelho e tinha uma depressão para a qual estava medicada.
Como queria ser mãe, tratou de todos os problemas antes para que pudesse ter uma gravidez saudável. 
Fez uma operação ao estômago e em 6 meses perdeu 57kg. 
Começou a tentar engravidar e engravidou de imediato. 
1ª consulta - Gravidez de risco, derivado a todos os antecedentes que tinha.
2ª consulta - outra médica, que achou que o ideal para o bolso do Estado, era retirar a gravidez de risco, pois, não justificava. E retirou.

Correu tudo bem até às 30 semanas, num dia em que se apercebeu que ainda não tinha sentido a bebé mexer. Comentou com o marido e foi para o hospital. Hospital esse onde fizeram uma ecografia e se constatou que tinha pouco liquido amniótico e os batimentos do bebé estavam baixos. Ficou internada.
Colocaram o CTG, onde se constatava que os batimentos continuavam baixos, chegando mesmo a 0. Por lá, entre enfs. e médicos, foram dizendo que o CTG não estava a captar os batimentos do bebé, mas sim os da mãe, daí ser mais baixo. Mesmo verificando que baixava até 0. Mas tudo bem. 
Entretanto até lhe queriam dar alta, mas como por acaso havia vagas, decidiram deixá-la ficar.

Ao longo de três dias, a mãe pediu por 3 vezes que lhe fizessem uma ecografia, as quais foram todas negadas. 
Até que aparece um anjo de uma Enf. que achou  realmente tudo muito estranho e lá conseguiu que a levassem a fazer ecografia. Portanto: 30 semanas, mas com restrição de crescimento, com valores e medições de apenas 25 semanas. Muito menos liquido amniótico, que mal dava para ver o bebé. 

Posto isto, a bebé estava em sofrimento crónico. Não era de 1, 2, ou 3 dias. A mãe foi transferida para outro hospital, pois onde estava não estavam preparados para bebés prematuros. A bebé precisava nascer o mais rápido possível. Mas necessitava das injecções de amadurecimento dos pulmões, pelo menos 4, dadas de 12 em 12 horas. Só foram a tempo de 1. A bebé faleceu entretanto, dentro do útero da mãe. Não teve tempo de levar as injecções, que podiam ter sido administradas a partir do 1º dia de internamento, se tivessem feito um diagnóstico em condições, se tivesse havido um controlo maior, se não tivessem ACHADO que era os batimentos da mãe. Se... Se... Se... 

Se tudo isto não fosse para poupar dinheiro ao Estado, esta bebé estaria viva e a mãe não estaria em sofrimento. 

Por vezes associa-se a negligência médica. Mas nem sempre. São os protocolos exigidos que provocam tudo isto.
Estes pais tiveram força, e fizeram queixa na Ordem dos Médicos. Mas infelizmente a maior parte dos pais, não faz, pois, fazer queixa não traz de volta a vida dos filhos. Pois não. Mas precisam de ser responsabilizados, para que para seja evitado numa próxima vez.

*serviço nacional de saúde em letra minúscula, por razões óbvias.

Atenção: Não quero com isto dizer, que no Privado não possa acontecer, mas tenho quase a certeza que neste caso, os problemas tinham sido verificados no 1º dia, e a criança iria nascer já com as 4 injecções de amadurecimento dos pulmões administradas.  

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