domingo, 3 de maio de 2015

A Maternidade II



Agora sim, a maternidade. Quando percebi que não tinha morrido no parto fiquei radiante, era mãe de uma menina linda, e afinal não tinha morrido. Hoje posso afirmar que quem diz que ama o seu rebento desde que soube da sua existência, desde que o sentiu, desde que o viu pela primeira vez no computador do Consultório Médico, mente. Falo por mim, e não sou menos, nem amo menos a minha filha de que as outras mães amam os seus filhos, mas efectivamente, o amor por um filho cresce a cada dia que passa e só se manifesta quando este nasce. Quando penso na minha vida há um ano atrás penso na felicidade que tinha, nas expectativas que tinha e acreditava amar uma pessoa que ainda não conhecia, estava apenas a crescer dentro de mim. A partir do dia em que nasceste, deixei de sentir a felicidade que sentira quando te tinha na barriga, as expectativas que tinha, não estavam em conformidade com a realidade. Comecei sim, a sentir preocupação, medos (novamente), angustia e isso sim, era o inicio de um grande amor, um amor eterno cuja tendência era aumentar. E aumentou, e aumenta a cada dia que passa. Nada é como imaginei na gravidez. É tudo diferente. Mas é bom. É muito bom e tem um gostinho especial precisamente por ser quase o oposto daquilo que eu imaginava. O meu amor por ti cresce a cada dia que passa e hoje posso dizer, que no dia 07 de Abril de 2014, eu não te amava, nem um bocadinho. Eras apenas um pedaço de mim que estava a crescer dentro do meu útero. E sabia-me bem saber que alguém estava dentro de mim a crescer para hoje ser o amor da minha vida. 

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