sexta-feira, 8 de maio de 2015

Serviço público vs Serviço privado III


Após a L. nascer, como burra assumida que sou, continuei a ser seguida no Centro de Saúde. Da parte da Enfermagem não me posso queixar, de facto. Da parte médica, digamos que não é algo que me suscitasse interesse em ir às consultas. Visto que era apenas um médico de família que a observava e não um Pediatra. Há algo que separa um médico de família de um Pediatra. É a especialização, mesmo. Mas tudo bem. Eu prometia a mim mesma que em breve marcaria consulta com um Pediatra. Mas ia-me deixando ficar, acabando por adiar a situação. Certo dia, aquando da consulta dos 4 meses, altura que para mim, é extremamente importante, já que íamos iniciar a sopa e papa, eu dirijo-me ao Centro de Saúde com o objectivo de a L. ser atendida pela enfermeira e posteriormente pelo médico. Tal não aconteceu. Quando cheguei à recepção para dizer que cheguei, a administrativa respondeu-me algo como: ‘’o Dr. X já cá não está, foi transferido. ‘’ Oi?????? E ninguém me avisou porque…. A senhora lá alegou que a colega tinha ligado para toda a gente. Mentira. A mim ninguém me ligou. Tenho o telemóvel ligado 24h por dia e sou menina para atender uma chamada às 4h da manhã independentemente de quem seja. Não ligou ponto final. Não venha dizer que não conseguiu entrar em contacto. Posto isto, foi observada pela enfermeira como sempre, levou a respectiva vacina. E médico… nada. Nem veio um desgraçado de um substituto qualquer vê-la só para se dizer que não foi embora sem ser vista. Por alguma razão no Boletim do Bebé existe uma folha ‘’Consulta 4 meses’’ que se destina às observações do MÉDICO. Então adeusinho, vá com Deus e até para o mês que vem.

A questão é: Não vai haver mês que vem. Não ali.


Não se deviam sequer admitir transferências de médicos para outros locais quando não se consegue alguém para garantir o lugar dos mesmos.  

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