quinta-feira, 14 de maio de 2015
O regresso II
Eram 6h15 quando o despertador tocou. Já estava acordada há algum tempo. Levantei-me e fiz o que as pessoas normais fazem quando acordam. Tomei o pequeno almoço e nos entretantos, enquanto entrava e saía do quarto com os meus afazeres, tu acordas-te e começas-te a falar sozinha. Peguei em ti e ainda tive tempo de te dar o biberão. Olhavas para mim com uns olhinhos muito fofinhos. Na verdade, os olhos com que me olhas sempre. Mas só ontem consegui perceber o quão fofinhos eram. Quando terminas-te dei-te muitos beijinhos e tu estavas muito contente e eu a roer-me por dentro a pensar que daí a 10 minutos ias chorar imenso por não me veres em lado nenhum quando olhasses para o teu redor. Sentei-te na esperguiçadeira a ver os bonecos na televisão e tu muito atenta. Olhei para ti uma ultima vez antes de sair e percebi o quanto eras fofinha. E doeu o fechar da porta. Quando desci as escadas tive um leve aperto no peito, não por mim, mas por temer que sentisses a minha falta. Não sentis-te. Pelo menos não o manifestas-te. Fiquei descansada. Durante o dia pensei em ti muitas vezes. Mas sempre confiante que estavas bem. Melhor não podias ficar.
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