Acabei por ficar então três horas no hospital à espera de
nada, para nada. Como ia trabalhar e sendo que trabalho também num hospital,
acabei por ser vista muito à pressa por um médico do hospital que NÃO TEM
DERMATOLOGIA NEM OSTETRICIA NEM O MÉDICO É DERMATOLOGISTA NEM OSBTETRA, a
verdade é que me receitou medicação para a alergia passar e ainda se deu ao
trabalho de ligar a um hospital com as devidas especialidades e perguntar se a
podia tomar, visto estar grávida. Agradeci mil vezes e questionei-me como pode
isto acontecer. Alergias à parte, comecei a ser seguida pelo médico de família
que percebe de tudo menos grávida e bebés. Talvez por achar que ia ser
dispendioso o número de consultas que ia ter na clínica ou talvez por
estupidez, mas tomei a decisão de ser seguida no centro de saúde. Claro que,
ainda antes do meio da gravidez, me arrependi mas depois tive vergonha de
voltar à clínica. Idiotices. Mas lá tive de aguentar. Felizmente não voltei a
precisar de cuidados que me levassem à urgência. Passado uns meses, aquando da
hora do parto, tive a certeza de que, engravide as vezes que engravidar, não
vou voltar a ser seguida no serviço público. Fui para o hospital, já depois das
40 semanas, não havia contracções, não havia dilatação e tudo indicava que estava
tudo muito ‘’em cima’’. Fiquei internada e após vários toques chegou-se à
conclusão que a criancinha, para além de estar mal posicionada, tinha uma
mãozinha à frente da cabeça. Mas ainda assim, decidiram continuar e provocar o
parto na mesma. Penso que se o parto tivesse sido feito pelo Dr. R.R, talvez
nada disto tivesse acontecido. Ou talvez acontecesse na mesma. Mas a verdade é
que o serviço nacional público funciona mal. Se há sítios em que até funciona
bem, sim, deve haver. Mas no meu caso foi mau. Muito mau.
E sim, escrevi serviço nacional público com minúsculas, porque
para mim, não merece mais.
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