quinta-feira, 7 de maio de 2015

Serviço público vs Serviço privado II



Acabei por ficar então três horas no hospital à espera de nada, para nada. Como ia trabalhar e sendo que trabalho também num hospital, acabei por ser vista muito à pressa por um médico do hospital que NÃO TEM DERMATOLOGIA NEM OSTETRICIA NEM O MÉDICO É DERMATOLOGISTA NEM OSBTETRA, a verdade é que me receitou medicação para a alergia passar e ainda se deu ao trabalho de ligar a um hospital com as devidas especialidades e perguntar se a podia tomar, visto estar grávida. Agradeci mil vezes e questionei-me como pode isto acontecer. Alergias à parte, comecei a ser seguida pelo médico de família que percebe de tudo menos grávida e bebés. Talvez por achar que ia ser dispendioso o número de consultas que ia ter na clínica ou talvez por estupidez, mas tomei a decisão de ser seguida no centro de saúde. Claro que, ainda antes do meio da gravidez, me arrependi mas depois tive vergonha de voltar à clínica. Idiotices. Mas lá tive de aguentar. Felizmente não voltei a precisar de cuidados que me levassem à urgência. Passado uns meses, aquando da hora do parto, tive a certeza de que, engravide as vezes que engravidar, não vou voltar a ser seguida no serviço público. Fui para o hospital, já depois das 40 semanas, não havia contracções, não havia dilatação e tudo indicava que estava tudo muito ‘’em cima’’. Fiquei internada e após vários toques chegou-se à conclusão que a criancinha, para além de estar mal posicionada, tinha uma mãozinha à frente da cabeça. Mas ainda assim, decidiram continuar e provocar o parto na mesma. Penso que se o parto tivesse sido feito pelo Dr. R.R, talvez nada disto tivesse acontecido. Ou talvez acontecesse na mesma. Mas a verdade é que o serviço nacional público funciona mal. Se há sítios em que até funciona bem, sim, deve haver. Mas no meu caso foi mau. Muito mau.

E sim, escrevi serviço nacional público com minúsculas, porque para mim, não merece mais.

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